''AMOR MORTAL''
Autora: Sarah Dantas
Trailer:
Sinopse: Indignado por jovens terem invadido sua cripta, o vampiro Michael Jackson mantém prisioneira uma estudante de juizado amedrontada por ele. Ele a violenta a cada dia que passa, mas, aos poucos, descobrirá algo surpreendente que irá por vir. O amor. Michael se verá como um monstro e tentará mudar a situação. Mas, será que ele conseguirá o mesmo sentimento de Megan Grace?
O amor não prospera em corações que se amedrontam com as sombras.”
- William Shakespeare
Introdução
Eu havia desistido. Havia desistido da vida. Mas o único motivo disso, havia sido por ele.
Oh, o quão medo eu tinha dele.
Tinha medo do que ele podia fazer. De mais quantas marcas em mim ele poderia deixar.
Mas não foi isso o que minha alma mortal me dizia. Ela me dizia para chegar mais fundo. E foi oque eu fiz.
Mas quanto mais eu ia, mas me sentia presa. Presa na escuridão. Presa nele.
Quem diria que um monstro, mudaria por mim.
Lembro dos dias que passei trancada num quarto escuro e frio. As correntes prendiam meus pulsos e meus pés. E quando ele adentrava no local, me violentava. Quantas noites passei chorando de dor e solidão...
O medo. Era o sentimento que eu exercia sobre ele. E o quão medo eu tinha, poderia dizer.
Mas então isso mudou. Ele mudou.
A gentileza tocou nele. E o invadiu. De repente, o que antes eu me via frente à frente com um assassino sanguessuga, me vi cara à cara com um homem apaixonado.
Meu nome é Megan Grace, e essa é uma história onde o mal se torna
- William Shakespeare
Introdução
Eu havia desistido. Havia desistido da vida. Mas o único motivo disso, havia sido por ele.
Oh, o quão medo eu tinha dele.
Tinha medo do que ele podia fazer. De mais quantas marcas em mim ele poderia deixar.
Mas não foi isso o que minha alma mortal me dizia. Ela me dizia para chegar mais fundo. E foi oque eu fiz.
Mas quanto mais eu ia, mas me sentia presa. Presa na escuridão. Presa nele.
Quem diria que um monstro, mudaria por mim.
Lembro dos dias que passei trancada num quarto escuro e frio. As correntes prendiam meus pulsos e meus pés. E quando ele adentrava no local, me violentava. Quantas noites passei chorando de dor e solidão...
O medo. Era o sentimento que eu exercia sobre ele. E o quão medo eu tinha, poderia dizer.
Mas então isso mudou. Ele mudou.
A gentileza tocou nele. E o invadiu. De repente, o que antes eu me via frente à frente com um assassino sanguessuga, me vi cara à cara com um homem apaixonado.
Meu nome é Megan Grace, e essa é uma história onde o mal se torna
CAPÍTULO 1 - A MORTE DIANTE DE MEUS OLHOS
Quarta-Feira. Dia 7 de Outubro.
Se tem uma coisa que me deixa puta, é o despertador tocando de manhã. O barulho alto e agudo ecoava pelo quarto. Me levantei e desliguei o mesmo. Segui sonolenta para o banheiro e tomei uma ducha bem vaporosa -A ponto de deixar o banheiro todo com fumaça-.
Escovei meus dentes e fui até meu closet.
Eu não me importo em ir arrumada pra faculdade.
Afinal, nem fazer faculdade eu quero.
Bom, isso é questão de cada um. Meus pais me acham louca. Eles dizem que me formar em Juizado, será um bom começo pra uma vida boa.
Mas sabe oque eu acho?
Eu acho ridículo!
Escolhi uma calça jeans preta, uma blusa de mesma cor com um bordado em vermelho escrito: “BE YOU” (Seja você), e um tênis All-Star.
Só dei uma penteada no cabelo e peguei minha mochila.
Assim que desci, dei de cara com meu irmão, Luke. Ele é bem maneiro, porém, é um grande nerd. Desde que ele era pequeno, sempre tirava 10 nas avaliações, trabalhos de pesquisa e testes surpresas.
Chego me lembrar do dia em que ele chegou em casa com um certificado de melhor aluno. Nossa mãe fez até um bolo pra ele.
E o que eu ganhei?
Um dia inteiro de estudos! Oh, que maravilha!
Sempre achei que era adotada. Meus pais nunca fizeram nada pra mim. Eles nunca sequer passaram um tempo comigo. O mínimo de atenção é toda para Luke e seus estudos.
Por isso faço coisas sem noção. Como roubar uma BMW e saí com meus amigos.
Mas mesmo assim, eles não estão nem aí.
-Bom dia maninha! -Disse Luke-
-Mal dia. -Eu disse bufando-
-Bom dia querido. -Minha mãe beijou a bochecha de meu irmão, que logo se sentou- Bom dia Megan.
-Oi mãe. -Eu disse impaciente me sentando também-
-Onde está o papai? -Perguntou Luke-
-Saiu mais cedo. Sabe como é... Negócios com a empresa.
Como sempre, eu pensei.
Bom, meu pai é dono de uma das maiores empresas mundiais. Ele sempre vive ocupado porque tem que participar de reuniões.
Uma grande merda.
Depois de terminar o café da manhã, eu e Luke fomos de carro pra faculdade. Sim, meu irmão tem um carro, e eu não! Eu tenho 20 anos, mas sou tratada como se tivesse 16! Meu irmão tem 19, só um ano de diferença, mas é tratado como se tivesse 30! Pelo amor...
Quando entramos na faculdade, eu logo fui em direção a Lauren, minha melhor amiga, e meus outros amigos, Matt, Mason, Jack e Elijah.
-Hey. -Eu disse chegando perto deles-
-Oi Megan. -Disse Lauren-
-Ai Megan! Eu e os meninos vamos ir lá naquela mansão abandonada hoje a noite. -Disse Mason-
-Sério?
-Sim. -Respondeu ele pra mim-
-Posso ir com vocês?
-Claro. -Disse Ethan-
-Lauren, você vai com a gente?
-Não sei não... Eu não gosto muito de sair de noite, ainda mais pra ir naquele lugar. A mansão fica do outro lado do cemitério. Fala sério gente!
-Vem Lauren! Pode ser divertido! -Eu insisti- Por favor!
-Tabom... -Ela concordou incrédula do que acabara de dizer-
O dia na faculdade se passou normal.
No final do dia, eu, Lauren e os meninos fomos esperar meu irmão na entrada.
-O que foi? -Disse Luke-
-A gente vai sair hoje. E só pra avisar pra mamãe. Mas diz a ela que eu vou ficar com a Lauren.
-Beleza. Então tchau. -Ele saiu-
-Então vamos lá! -Disse Elijah-
Nós seguimos para o cemitério da cidade.
Los Angeles pode parecer um lugar lindo e iluminado. Mas, existe um ponto da cidade, em que a beleza deixa de existir.
É tudo cheio de lixo.
Sem contar o cheiro de peixe morto, que sai de bueiros quando são abertos e mal fechados.
Ao chegarmos no cemitério, Elijah pulou o portão e deu sinal para que nós fizéssemos o mesmo. Caminhamos alguns quilômetros até chegar aos portões da mansão.
Ela parecia ser um imóvel comum, se não fosse pela localização, e se não parecesse mais uma cripta.
-Tem certeza que é aqui? -Eu perguntei-
-Absoluta! -Respondeu Elijah-
-Isso é uma cripta, e não uma mansão, seu idiota! -Eu respondi-
Ele ficou quieto.
Mason deu um belo chute na porta, para tentar arrombá-la. Oque não deu certo.
-Sai daí! -Eu exclamei, abrindo a porta normalmente- Era tão difícil assim fazer isso?
O silêncio ficou mais uma vez.
Nós entramos na cripta.
O som de nossos passos se ecoaram pelo lugar.
-E então. O que a gente veio fazer aqui mesmo? -Disse Lauren-
-Sei lá. Vamos dar uma olhada. Ver o que que tem aqui. -Respondeu Ethan-
-O que você acha que vai ter de interessante dentro de uma cripta? -Eu disse-
-Mason abriu uma porta e entrou- AI GALERA, CHEGA MAIS! -Nós entramos e paramos em uma espécie de sala de estar- Alguém deve morar aqui.
-Quem moraria aqui Mason? -Respondeu Jack-
-Um coveiro? -Ele respondeu-
-Idiota... -Jack resmungou-
-Megan e Lauren, por que vocês não dão uma olhada pra lá. -Matt apontou pra esquerda-
-Vem Lauren. -Eu a puxei-
Nós estávamos em uma espécie de corredor. Lá possuía uma pequena estante com alguns livros e estátuas de bronze. Uma delas, deduzi ser um guerreiro dos que lutaram na Guerra De Troia.
-“Os maiores vampiros do mundo”? -Ela disse com um livro vermelho cor de sangue na mão-
-O que? -Eu me virei e peguei o livro. Comecei a folhear algumas páginas e vi nomes reconhecíveis, como Drácula- Interessante. É um livro que fala sobre cada vampiro. Mas eu nunca vi um desses numa biblioteca ou livraria.
-Eu também não.
-Hum... -Eu olhei pra escada- O que será que tem lá em cima?
-AAAAAAHHHHHHH! -Alguém gritou e eu reconheci que era Elijah. Logo ele e o resto dos meninos vieram até a mim- GENTE SEI QUE POSSO PARECER MALUCO, MAS EU VI UM FANTASMA! UM NÃO! SETE!
-Eu comecei a gargalhar- Qual é, Elijah? -Eu comecei a subir a escada-
-MEGAN É SÉRIO! NÃO É? -Ele olhou para os meninos que concordaram com a cabeça-
-Eu ri- Vocês não cansam de tentarem me assustar, não é?
-Megan... Eu to falando sério! -Ele disse amedrontado-
-Ah, claro! -Eu disse com ironia- Olha, se estão com tanto medo, vão lá pra fora! Eu vou ver oque tem aqui em cima.
-Mas Megan... -Eu interrompi Elijah-
-Deixa de ser medroso!
-Megan... -Disse Mason inseguro-
-Vão logo! -Eu disse já no topo da escada- Encontro vocês depois.
Eu disse e abri a porta.
O quarto era escuro e comprido. Parecia um mini corredor.
No canto da parede esquerda uma pequena janela, mas daria pra eu sair por ali. Eu andei mais pelo quarto. Então, avistei um quadro na parede.
Parecia uma família. Tinha 5 homens bem vestidos e 2 mulheres de vestidos longos. Entre os homens, um me chamou atenção. Era bem pálido e musculoso.
Eu observava a foto, quando de repente, eu escutei a porta bater.
-ELIJAH ISSO NÃO VAI ME ASSUSTAR! -Eu gritei-
Então fui até a porta e tentei abri-la.
E adivinhem?
A porta não abriu!
-Não tem nada interessante aqui. Pode abrir a porta.
Eu esperei e nada. Tentei abrir a porta, mas não funcionou.
-ELIJAH! ABRE ESSA MERDA! -Eu forcei a porta-
-MEGAN! MEGAN! SAI DAÍ! -Gritou Elijah-
-ABRE A PORTA ENTÃO SEU IDIOTA!
-NÃO TEM COMO!
-COMO ASSIM NÃO TEM COMO? VOCÊ ME PRENDEU AQUI E VAI TIRAR!
-EU NÃO TE PRENDI! EU JURO!
-ENTÃO ESSA MERDA É COISA DA MINHA CABEÇA? PELO AMOR! -Eu exclamei irritada com a incompetência dele- AAARRG! EU VOU DESCER PELA JANELA!
E então eu ouvi os berros e a batida de uma porta. Peguei um pedaço de ferro que estava no quarto e fui até a janela.
Foi aí que senti uma mão fria.
Medo.
Era a única coisa que estava permanecida em mim. E permanecida pela primeira vez.
Cheguei a ponto de pensar se ainda veria o sol outra vez.
Exagerada eu!
Fechei os olhos, esperando não sei oque. Mas parecia que algo me dizia que eu estava sem tempo para correr.
CAPÍTULO 2 - O MONSTRO
-Elijah? -Eu perguntei, com esperanças-
O silêncio durou alguns segundos, e então, o barulho de meu corpo se chocando contra a parede se estabeleceu pelo lugar.
Eu gritei de dor.
Meus olhos se abriram automaticamente quando eu cai no chão, dando a visão de um homem.
-Quem é você? -Eu perguntei ofegante com uma voz rouca, devido ao impacto-
-Ele riu tenebrosamente- Quem sou eu? -Ele me pegou no colo e me tacou no chão- Sou o tipo de pessoa que não gosta que humanos destruam minha casa! -Ele me levantou segurando em meu pescoço. Logo me pressionou contra a parede-
-Por favor... Me solta!
-E por que eu faria isso? -Ele bateu na minha cara-
-Eu não sabia que alguém morava aqui! -Ele sorriu-
-Ninguém sabe, não é mesmo? -Ele apertou meu pescoço-
-ME SOLTA PORRA! -Eu chutei sua parte íntima-
-Eu esperei ele cair e gritar de dor, mas pelo contrário, ele só me deu outro tapa e apertou mais meu pescoço- DESGRAÇADA! Acha mesmo que vai conseguir fugir? -Ele me jogou no chão-
-ELIJAH! SOCORRO! -Eu berrei-
-MEGAN? MEGAN SAI LOGO DAÍ! EU BOTEI FOGO NA CASA!
-VOCÊ O QUE? APAGA ESSE CARALHO!-Eu respondi nervosa-
-SUA IDIOTA! -O homem gritou e me chutou na barriga- TEM NOÇÃO DO QUE FEZ? -Ele puxou meus cabelos- EU VOU ACABAR COM ESSA SUA VIDINHA IDIOTA! -Ele me prendeu de novo na parede e começou a me dar tapas mais fortes-
-POR FAVOR! EU TE DOU O QUE QUISER! SÓ ME DEIXE IR!
-QUER SABER O QUE EU QUERO?
-FALE!
-SUA ALMA!
-O QUE? VOCÊ SÓ PODE SER DOIDO! -Ele me deu outro tapa- ELIJAH! ELIJAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! -Eu berrei em desespero-
-O homem colocou sua mão em minha boca- Shhh... Eu prometo que não vai doer tanto assim... -Eu mordi sua mão e ele me tacou pro outro lado do quarto- VOCÊ VAI MORRER!
Eu peguei o ferro que havia caído e bati.... Perai... Cadê ele?
Então me vi o encarando, pressionada contra a parede.
-Como......?
-Você não pode lutar comigo. Ainda mais quando você é uma humana e eu, um vampiro.
Eu comecei a gargalhar.
-E EU SOU O ELVIS PRESLEY VESTIDO DE MULHER!
-Ele abriu a boca e suas presas se alongaram. Eu me debati, tentando escapar, mas ele segurou mais forte em mim- Pra que lutar? É inútil. -Ele segurou meu rosto, me fazendo olhá-lo- Vai ser uma pena... Uma menina como você, tão nova... Apenas dezenove anos... Perdendo a vida, só porque queria curtir com os amigos... -Ele balançou a cabeça e fez um som negativamente- Menina má! Invadindo a casa dos outros, e colocando fogo nela... Você sabia que isso é falta de educação?
-E você sabia que bater em mulher é covardia?
-Ele riu- Não adianta... Em poucos segundos seu coraçãozinho irá parar de bater. E tudo isso, por causa da sua teimosia... Podia ter escutado seu amiguinho, como é mesmo o nome dele? Hum... Elijah! É isso mesmo! -Ele passou as costas da mão em meu rosto- Podia estar em casa, com sua família... Mas escolheu o outro caminho, não foi?
-Por favor... Me deixa ir embora! -Eu percebi que estava chorando-
-Own... Que coisa fofa! -Ele me deu um tapa- Acha mesmo que isso vai me amolecer? Que eu vou cair aos seus pés dizendo que você pode ir embora? HÁ! Você não sabe quem sou! -Ele deitou meu rosto, fazendo meu pescoço ficar ao seu alcance. Ele passou o dedo indicador pela minha pulsação e aproximou seu rosto do local- Sinto seu coração batendo forte... Está com medo? -Eu senti suas presas se alongarem novamente- Não precisa ter medo. Vai ser rápido. Eu juro.
Nesse instante eu fiquei desesperada. Iria morrer ali e naquela hora. Eu gelei. Fechei meus olhos e quando seus caninos tocaram minha pele, minha mão tocou na dele.
Eu senti um pequeno choque. Não sabia dizer se havia sido pelo toque, ou pela minha cabeça sendo batida na parede me fazendo ver a escuridão.
Michael P.O.V’s
Tem certos momentos, na minha vida imortal, que eu desejaria não ser um vampiro.
Por que?
Bom, porque existem pessoas que por causa do medo, tentam fugir, mas isso não adianta. A única coisa que acontece, é que eu fico excitado -Só com mulheres, óbvio.
E principalmente se ela for linda e gostosa.
Essa Megan, ficou se debatendo, ou seja, eu fiquei muito excitado com ela. Ainda mais excitado quando ela chutou minha ereção.
Oh, que merda!
E ela ainda ousou me tocar.
Imagina só, um vampiro excitado sendo tocado por uma pessoa com a pele quente.
Eu não aguentei.
A minha única opção era largar a garota e sair daquele ambiente.
-MAS QUE DIFICULDADE PRA APAGAR UM FOGO! -Eu gritei, depois que avistei Frank, perdendo o controle do extintor- ME DÁ ISSO! -Eu puxei o objeto de sua mão e apaguei o fogo que estava se arrastando para os móveis- VOCÊS SÃO INÚTEIS! -Eu disse largando o extintor e subindo para meu quarto-
Frank é um de meus empregados fantasmas.
Eu convivo com 6 fantasmas na minha cripta; Frank, Marissa, Charles, Will, Tom e Jen.
Não sei se é porque eles são mortos-vivos, que não trabalham direito.
Pelo menos tenho a Marissa.
Ela me ajudou a controlar a sede por sangue humano quando eu era adolescente. Marissa praticamente me criou.
E eu a considero como uma mãe.
Eu entrei em meu quarto e Marissa veio atrás.
-Soube que tinha mais uma garota naquele grupinho.
-É. Ela está no quartinho.
-O senhor não a matou? -Ela pareceu surpresa-
-Como você queria que eu a matasse, se minha casa estava pegando fogo e ninguém fez nada?
-Devia ser mais gentil com Frank.
-Pra que eu vou ser gentil com gente idiota?
-Ele tentou ajudar.
-Mas a única coisa que conseguiu fazer foi espalhar o fogo! -Eu me virei, passando a mão pelos cabelos, irritado-
-Mas, voltando ao assunto, vai deixar a menina lá, naquele quarto imundo e frio?
-Eu olhei para Marissa- Isso não é problema meu.
-Está bem. Com licença. -Ela abriu a porta do quarto e saiu-
Eu abri a janela de meu quarto e pulei.
Então corri pelo cemitério a procura de almas.
Eu fui para a cidade, procurar alguém para eu me alimentar.
Megan P.O.V’s
Minhas pálpebras se abriram lentamente.
Eu estava deitada no chão.
Me levantei devagar, devido a dor na coluna.
Eu tentei abrir a porta, mas ela estava trancada.
-SOCORRO! -Eu batia na porta com força- SOCORROOOO! -Eu dei um chute na porta- SOCOOOORROOOO! SOCOOOOOOOOOORRO! SOCOOOOORROOOO!
Depois de tanto berrar, pedindo socorro, eu encostei na parede, deslizando meu corpo até me sentar.
Eu me vi a chorar, de novo.
Quer um conselho?
NUNCA, JAMAIS, chame alguém de amigo.
Se eles fossem mesmo meu amigos, teriam me tirado dessa.
Mas agora, aqui estou eu.
Presa no inferno.
VIADOS, FILHOS DA PUTA, MISERÁVEIS, CUZÕES.
Não tem palavras o suficiente para xingar eles.
Eles haviam me deixado ali, com aquela criatura sanguessuga!
Nem Lauren!
Nem a Lauren!
A minha melhor amiga, que me ajudou com todos os meus problemas, fez alguma coisa pra me tirar dessa!
Uma idiota.
É isso que eu sou.
AAAHHRG! EU QUERO ME MATAR!
Se é que isso vai ser a solução dos meus milésimos problemas!
FAMÍLIA MERDA, AMIGOS MERDA, VIDA MERDA!
Otária, otária, otária, otária, otária!
Era oque eu dizia a mim mesma.
Eu recostei a cabeça na parede e sem perceber, meus olhos se fecharam.
CAPÍTULO 3 - VAMPIROS E... FANTASMAS?
Michael P.O.V’s
Depois de caçar, voltei para meu quarto; usando o mesmo método de quando sai.
Eu fechei a janela e fui até o banheiro.
Após me despir, liguei o chuveiro e adentrei no box, colocando a cabeça a parede, deixando a água fria escorrer por minha pele
Acabei deixando escapar um suspiro de alívio.
Você vai dizer: “Vampiros não respiram!”
Bom, tecnicamente, nós podemos respirar, sim.
Não é necessário, é claro. Mas podemos.
É quase o mesmo que dormir. Nós podemos, porém não é fundamental, como é com os humanos.
Assim que terminei meu banho, coloquei uma roupa confortável. Uma camiseta preta e uma calça esportiva de mesma cor.
Peguei meu livro preferido; Guerra e Paz, e comecei a ler.
Pra um vampiro ranzinza, eu adoro ler.
Marissa diz que essa é uma das minhas qualidades.
Sempre a perguntei quais são as outras, e ela fica sem resposta. No meu conceito, se ler é uma qualidade, é a única que tenho.
Aaah, lembrei de uma qualidade minha!
Eu sou lindo.
Sim, também sou um baita egocêntrico. Mas não me importo com isso. Às vezes gosto de pensar que egocentrismo é boa autoestima.
Mas ser vampiro tem haver com questão de beleza. Todos os vampiros são incomparavelmente e incrivelmente bonitos.
Essa característica serve para atraírem humanos mais facilmente.
Me lembro das meninas do colégio ficarem vindo falar comigo com os rostos vermelhos de vergonha.
Era engraçado vê-las se derretendo por mim, enquanto eu estava pouco me fodendo pra seu “Eu te amo”.
Eu adorava brincar com os sentimentos delas.
Só pra deixar claro, eu ainda não era um vampiro nessa época.
Quando eu fui transformado, eu tinha 25 anos.
Se eu fosse mulher, poderia me chamar de puta.
É bem óbvio, que na adolescência, eu só ficava com as garotas.
Mas hoje em dia, eu até transo.
Por falar em transar, deve fazer um ano que eu não transo. E isso para um vampiro é algo muito ruim.
Minha última mulher foi Louise, uma vampira de 180 anos.
Bom, pelo menos Louise não é a minha criadora -Já que todo vampiro possui uma certa atração pelo seu criador.
Quando é do sexo oposto, óbvio.
Eu fui criado pelo meu padrasto.
No primeiro casamento de minha mãe, Katherine, ela engravidou de mim. Mas aí, meu pai morreu e ela me criou sozinha. Quando eu estava com 17 anos, minha mãe se apaixonou por um vampiro. Então numa noite, quando ela lhe negou sexo, ele a matou.
No meu aniversário de 25 anos, ele me transformou em vampiro. E 5 anos depois -30 anos na idade humana- , eu descobri a verdade e me vinguei. Eu o matei e fugi, vindo até Nova Iorque.
Depois de me cansar de ler, eu marquei a página que estava e fechei o livro.
Deitei em minha cama e fiquei pensativo por alguns momentos.
Eu me lembrava de quando ia ao parque com minha mãe. Ou até mesmo no cinema, ou ao museu.
Eu sentia muita falta daquele tempo. Eu sentia falta dela.
Acabei dormindo depois de lágrimas começarem a descer por meu rosto.
Megan P.O.V’s
Eu estava dormindo tranquilamente, até sentir uma mão, seguida por uma ardência.
Um tapa.
Eu abri os olhos. O vampiro estava na minha frente, parado. Ele me olhava com mero desdém.
-QUAL É O SEU PROBLEMA? -Eu gritei pra ele-
-NÃO GRITA COMIGO, SUA MORTAL ESTÚPIDA! -Ele disse grosso, logo depois puxando meu cabelo e me dando tapas no rosto-
Eu chutei ele na barriga, fazendo-o esquivar-se. Eu corri pra tentar abrir a porta -Como se meu plano fosse funcionar.
Vampiros são ágeis. Eles correm tão rápido quanto leopardos.
Por isso não me surpreendi quando já havia sido jogada no chão.
-Você é mesmo ignorante! -Ele disse-
Em seguida não sei oque doeu mais.
Sua mão puxando meus cabelos com força, ou a dor que senti logo depois de ver estrelinhas.
Com um impulso, o vampiro me jogou com total força na parede.
Ao impacto, um estalo pode se ouvir restaurando. A dor em minhas costas foi tão grande que o meu grito se misturou com frágua.
Ele me olhou com uma cara, que eu não saberia definir, mas pareceu ser remorso.
-O que... Foi? -Eu disse arfando- Não consegue... Me matar agora?
Ele se aproximou de mim.
Eu tive a certeza de que eu iria morrer.
Mas algo aconteceu, eu não sei dizer.
A única coisa que afirmo que aconteceu depois, foi ele saindo do quarto.
Michael P.O.V’s
EU NÃO CONSEGUI!
EU NÃO CONSEGUI MATÁ-LA! MAS QUE MERDA É ESSA QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO?
Eu estou com ódio de mim mesmo.
Isso é ridículo!
Eu ouvi o barulho dos ossos dela se contorcendo na hora que a joguei na parede.
Eu não sei... Mas tive remorso.
Remorso!
Eu tive remorso dela!
Puta que pariu!
De repente assim que desci as escadas, Marissa esbarrou em mim.
-Senhor! O que aconteceu? Eu ouvi um grito e...
-Eu não quero falar sobre isso!
Eu peguei um copo que estava em cima da mesa de jantar, e mordi meu pulso. Derramei um pouco de meu “sangue” e entreguei o copo pra Marissa.
Enquanto isso, a abertura se fechou.
-O que é isso?
-Dê pra garota! Agora!
-Está bem! -Ela disse e subiu as escadas-
O que eu fiz?
Eu dei parte de meu “sangue” pra garota.
Pra quem não sabe, o sangue de vampiro cura qualquer coisa. Por isso nos recuperamos rápido.
Se Megan tomar, a coluna quebrada dela se restaurará e voltará a seu normal.
PERA, O QUE EU FIZ CARALHO?
Megan P.O.V’s
Em meio a minha respiração fraca e dor, a porta rangeu. Um fan...
Pera!
Um fantasma?
Ela deve ter percebido que eu a olhava assustada, pois disse:
-Eu não vou lhe machucar.
-Eu... Eu...
-Tome isto. Vai curar você.
Um líquido grosso e vermelho estava numa taça de vidro. A fantasma me entregou o copo e eu senti um cheiro forte de algo parecido com... Sangue?
-O gosto não é bom. Mas vai restaurar sua coluna.
-Eu encarava o copo.
De repente pensei, se for veneno, eu morro logo.
Se não for, eu posso ter chances de sair daqui.
Sem pensar duas vezes, eu bebi o líquido.
Tinha um gosto ruim.
Era Amargo, e possuía algo similar ao metal. A única coisa que diferenciava de ser sangue, era o final.
Algo forte demais me fez suspirar.
Então senti minha coluna ficar reta.
Eu me levantei sem esforço e olhei assustada para o copo, ainda em minhas mãos.
-O que...? O que eu bebi?
-Acho melhor você não saber por enquanto. -Ela sorriu- Meu nome é Marissa.
-Eu sou a Megan. Prazer.
-Prazer é meu senhorita. Bom, peço desculpas pelo meu senhor.
-Seu senhor?
-Michael Jackson.
-Quem? -Eu perguntei confusa-
-O vampiro.
-O-oque? Ele... Ele é seu chefe?
-Tecnicamente sim. Já deve ter percebido que ele é um pouco...
-Arrogante, egocêntrico, covarde, rude... -Ela me interrompeu-
-Sim... Ele teve um passado difícil, por isso é assim. Mas se você o tratar bem, ele... -Eu a interrompi-
-Tratá-lo bem? -Eu ri- Você só pode estar de brincadeira comigo! Ele quebrou minha coluna!
-Mas agora você está bem por causa dele.
-C-como assim?
-MARISSA! -Gritou alguém, que deduzi ser o vampiro-
-Eu preciso ir. Licença. -Ela saiu do quarto, fechando a porta-
“Ele teve um passado difícil, por isso é assim.”
E eu?
Minha família me ignorou por muito tempo e eu não trato ninguém mal -A não ser que faça o contrário comigo.
Eu me sentei, colocando as pernas esticadas e encostando a cabeça na parede.
Eu estou presa numa cripta, com um vampiro e uma fantasma.
Meu Deus, no que eu me meti?
CAPÍTULO 4 - FUGA
Michael P.O.V’s
Marissa desceu rapidamente após eu gritar seu nome.
-O que?
-Já deu pra ela o sangue?
-Sim. Mas por que exatamente você pediu pra que eu desse aquilo à ela?
-Vem aqui.
Eu disse, a pegando pelo braço e levando-a para a minha mini biblioteca.
Não é só uma biblioteca... Bom, na verdade, é mais pra minha área de lazer...
Tem livros, vinis, e um piano.
Que era de minha mãe.
E sim, eu toco piano.
Algo não muito normal para pessoas com a personalidade igual a minha.
-E então...?
-Eu... Eu tive... -Remorso, eu completei mentalmente-
Como lendo meus pensamentos, Marissa disse:
-Remorso, não foi?
-É... Isso aí.
-Meu Deus, será essa a salvação?
-Não exagera...
-Não exagerar? Michael você é considerado um monstro, ter remorso é novidade! -Eu a olhei abismado- Que foi? Eu só disse verdades.
-Tá... Mas não é pra contar pra ninguém que eu tive... -Eu simplesmente não conseguia dizer aquilo- Re-morso...
-Está bem.
-Ótimo. Me dê licença Marissa. Eu preciso ficar sozinho. -Ela saiu e fechou a porta-
Eu me sentei na poltrona no canto da sala.
Pelos institutos vampíricos! O que eu fiz?
Eu havia dado parte do meu “sangue” pra que a coluna da garota voltasse ao normal.
Ou seja, eu a deixei sobreviver.
Eu a deixei sobreviver!
Oh, céus. Que diabos está acontecendo comigo?
Um vampiro nunca salva um humano.
Ele sempre mata.
Eu NUNCA deixei escapar uma presa sequer. E agora, eu faço isso.
Deixo a garota idiota sobreviver.
Que ódio!
Eu levantei da poltrona e me sentei no piano.
Uma lembrança vaga passou por meus pensamentos. Algo insano.
Era minha mãe tocando pra mim nesse mesmo piano. Eu devia ter uns sete ou oito anos.
Eu reproduzia a mesma música que ela havia tocado naquele dia
O resto do dia tinha sido tranquilo. Eu lera meu livro, caçara algumas presas, quase um dia perfeito.
Mas como diz aquele ditado, tudo que é bom dura pouco.
Minha concentração estava agora no barulho de vidro quebrando.
Megan.
Ela estava tentando fugir.
Megan P.O.V’s
Eu estava sentado olhando novamente para as paredes daquele lugar.
Então como “Boom!” veio um certo pensamento.
Como eu não havia pensado nisso antes?
Eu posso escapar pela janela!
Esperei horas e horas passarem para por meu plano de fuga em prática.
Eu me levantei de peguei o pedaço de ferro.
Tentando não emitir sons muito altos, eu dei a primeira porrada na janela.
Sabe quando você quer comer de madrugada sem fazer barulho, mas oque você não quer que aconteça, (como derrubar alguma coisa, ou até mesmo esbarrar -O que ocasionalmente provoca um barulho) acontece.
Comigo não foi diferente.
Eu novamente bati com o ferro nos restos que sobraram da janela.
Outro barulho.
O que eu mais achei estranho nisso tudo, era que o vampiro não havia aparec.......
-Tentando fugir? -Ele perguntou irônico, enquanto segurava meu pescoço na parede-
-Não, só estou quebrando a janela pra chamar sua atenção. -Eu respondi com a mesma ironia-
Péssima resposta Megan.
Foi o que o meu subconsciente me disse após ser jogada no chão com força.
-Eu te poupei por dois dias e é assim que você me agradece? -Ele puxou meu cabelo, me fazendo olhá-lo, antes de começar a me dar tapas-
-Por favor para! -Eu disse não aguentando mais-
-Se eu fosse você ficaria quietinha... -Ele disse, e então me bateu mais forte, o que por consequência, fez meu rosto arder tanto, que eu achei que ele havia tacado fogo no próprio-
-AAAH! DESCULPA SE EU INVADI A SUA CRIPTA! MAS POR FAVOR EU TE IMPLORO, ME DEIXA IR EMBORA!
-IR EMBORA? -Ele me deu um chute na barriga-
-MARISSA! -Eu gritei, pedindo ajuda, mas a única coisa que recebi foi um chute que acabou sendo no peito- AH! -Eu gritei de dor- PUTA QUE PARIU!
Eu me virei e tentei dar um chute nele, mas o vampiro segurou minha perna, me puxando, até ele segurar meu pescoço, me colocar de costas para a parede e me dar um soco no rosto.
-Você é muito teimosa sabia? -Ele disse me dando outro soco- Devia parar de tentar fugir, já que sabe, que não irá conseguir.
Suas presas se alongaram e ele se aproximou de meu pescoço.
Mas para a minha salvação, a porta se abriu.
O vampiro pegou minha cabeça e a bateu na parede.
Depois disso, tudo estava escuro.
Michael P.O.V’s
-O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI PORRA?
-Eu ouvi Megan me chamar. Achei que precisava de alguma coisa. -Ela olhou para Megan e depois pra mim- E pelo visto, ela precisava de ajuda.
-Você diz isso como se eu fosse o errado da história!
-Mas você é!
-Existe uma grande diferença entre ser errado e seguir sua própria natureza. Sem contar o fato em que poupá-la não está de acordo comigo.
Tabom... Eu havia sentido remorso novamente.
Por isso parara.
Mas mesmo assim!
Ela havia atrapalhado.
Pera, quem eu quero enganar?
Eu estou poupando a garota porque quero.
Eu podia ter continuado mesmo com Marissa ali.
-Você não a poupou por minha causa.
-Então seria porque então? -Eu a olhei com a cara fechada-
-Remorso. -Eu virei o rosto com desgosto- Não precisa ter vergonha de você, só porque está começando a ter sentimentos.
-EU NÃO TENHO SENTIMENTOS IDIOTAS! E NUNCA VOU TER! -Eu gritei irritado. Ao ir saindo pela porta, eu me virei- Acorrenta a garota.
Foi oque eu disse antes de sair daquele quarto e ir para o cemitério.
Marissa podia não ser minha mãe, mas me conhecia melhor do que qualquer um.
Ela sabia sobre minha vida, sabia o porque de eu ser uma pessoa mais fria do que um iceberg.
E o principal;
Ela sabia que eu estava com aquele remorso estúpido.
CAPÍTULO 5 - A MORTE DA MÃE DO VAMPIRO
Michael P.O.V’s
Ontem a noite havia sido quase tudo normal; Mas pude sentir um aroma diferente no ar.
Tinham 3 vampiros no mesmo cemitério que eu.
O que eles estavam fazendo ali?
Bom, eu não sei.
Não me dei o trabalho de procurá-los.
Eu voltei para minha cripta, tomei banho, li e dormi.
Gostaria de dizer que havia tido um ótimo sono.
Mas não posso negar oque realmente aconteceu.
Eu tive um tipo de Flashback em sonho.
Estava chorando, depois de descobrir a verdade sobre meu padrasto, Bruce, matar minha mãe.
Depois, me vi arrancando a cabeça de Bruce e tacando fogo em seu corpo.
E então, eu já estava fugindo para NY.
Quando me dei conta, já estava de manhã.
Eu apenas vesti uma calça jeans escura e desci.
-Bom dia. -Disse Marissa- Eu queria saber se posso levar alguma coisa para a menina comer. Faz dois dias que ela está aqui e não se alimenta.
-E o que eu tenho haver com isso?
-Eu só quero oferecer comida a ela! Deixe de ser egocêntrico uma vez na vida pelo menos!
-Tabom! Dê comida à aquela infeliz!
Ela nada respondeu.
Apenas foi para a cozinha.
Megan P.O.V’s
Eu abri os olhos aos poucos.
A luz do sol, que entrava pelo buraco da janela, tomava um espacinho ao chão em minha frente.
Ao tentar ajeitar o cabelo, que caía em meu rosto, eu percebi que minha mão não conseguia chegar até lá.
Eu olhei para baixo e vi correntes, que foram amarradas em móveis, prendendo cada pulso e tornozelo.
A tentação de se soltar é inevitável.
Depois de tanto arrastar as correntes eu acabei me cortando.
Ótimo! O vampiro vai sentir o cheiro do meu sangue e vai me matar.
Não fiquei surpresa quando ouvi a porta ranger.
-Olá. -Disse Marissa, entrando no quarto com um prato e um copo na mão-
No objeto de vidro, havia um sanduíche, que deduzi ser de queijo, ao olhar. E no copo, um líquido laranja ia até mais da metade.
Meu estômago roncou após ver o lanchinho.
Fazia dois dias que eu não comia.
Eu estava tão faminta, que se estivesse sem aquelas correntes, teria voado em Marissa e engolido o sanduíche.
-Oi. -Eu disse, tentando disfarçar que estava tendo um ataque de nervos-
-Bom, você não come faz dias, então resolvi fazer um café da manhã pra você. -Ela disse gentilmente-
-Ah, obrigada.
Marissa colocou o prato e o copo ao meu lado.
Eu novamente movi o braço, o que em vez de fazê-lo ir até o prato, só fez a corrente roçar em meu corte, puxando a pele.
-Ah... -Eu reclamei após a pele ser puxada-
-O que foi isso? -Disse Marissa olhando para meu pulso-
-Eu sem querer me cortei com essa corrente. -Ela pegou no local, e olhou melhor o ferimento-
-Se eu pudesse te tiraria daqui. Mas meu senhor me proíbe.
-Por que você trabalha pra ele?
-Bom, tecnicamente eu não trabalho pra ele... Eu sou a mãe dele.
-Você é mãe dele? -Eu disse assustada-
-Não de sangue. Eu o criei apenas.
-Oh...
-A mãe dele mesmo está morta.
-Sério?
-Sim. Por isso ele ficou desse jeito.
Eu fiquei em silêncio por alguns minutos.
Perder a mãe deve ser horrível.
Mas ele não devia tratar todos assim por que a mãe dele morreu.
-Bom, você quer que eu afrouxe, para comer?
-Se você puder.
-Ela sorriu- Mas é claro.
Marissa ajeitou as correntes dos pulsos, de modo que ficasse mais fácil para eu movê-los.
-Obrigada.
-De nada. Bem eu vou descer, se precisar, chame.
-Ok.
Ela se levantou, abriu a porta e saiu.
Eu peguei o sanduíche e praticamente o devorei, em seguida, tomando o suco de laranja que estava no copo.
Depois de me sentir um pouco satisfeita; sim, um pouco satisfeita pois minha fome não sessaria somente com um sanduíche de queijo com suco, eu recostei a cabeça na parede.
Michael P.O.V’s
Eu estava sentado em meu sofá de couro preto, lendo jornal, e tomando sangue numa caneca.
Bom, acontece que eu não posso sair de dia, como você deve saber.
E só pra esclarecer, aqui não é ‘Crepúsculo’.
Não é porque, eu brilho, como uma fada, que não saio de dia.
E sim, porque, o sol me queima, até eu virar um punhado de cinzas.
Como eu consigo sangue?
Digamos que tenho uns contatos. Eles pegam as bolsas de sangue em centros de doações, e distribuem entre vampiros.
Então lá estava eu, tranquilo.
Mas como diz aquele ditado, tudo oque é bom, dura pouco.
Eu tinha ouvido Marissa contar sobre minha mãe para Megan.
E eu não gostava nada daquele assunto.
Isso tudo, eu devo dizer, graças a minha audição vampiresca. Ou seja, nós, vampiros podemos ouvir algo que está à quilômetros.
-Você sabia que tenho uma ótima audição?
-Sim. Por que a pergunta?
-Eu ouvi muito bem oque você disse a Megan. -Eu a olhei- Achei que havia deixado claro, que não queria que você, e nem ninguém, falasse de minha mãe.
-Desculpe-me, senhor. Megan tinha entendido errado, quando disse que era sua mãe. Achei de deveria explicar.
-Você não deve satisfações a garota. Além do mais, isso é passado!
-Quando você diz isso, parece que a morte de Hazel não passou de um simples acontecimento!
Eu me calei.
Não podia negar que a morte de minha mãe, havia acabado comigo. Havia me destruído.
E Marissa sabia disso.
-Não quero falar mais sobre isso. -Disse, seco-
Eu me levantei, pegando a caneca, e fui para a biblioteca.
CAPÍTULO 6 - ELE QUASE... ME BEIJOU?
Megan P.O.V’s
Como todas as tardes que passara ali, estava sendo um tédio.
Eu olhava para as paredes, procurava uma cutícula levantada, cantava uma música... Tentava achar algo pra fazer.
Depois de milênios, a noite chegou.
Poderia apostar que a poucos segundos o vampiro adentraria o quarto, e me violentaria.
A porta se abriu devagar, uma sombra enorme e assustadora se fez no chão.
Meu Deus, eu poderia virar vidente!
Meu olhar subiu, até olhá-lo.
Seus olhos me encaravam profundamente, de modo a parecer me fuzilar.
A criatura das trevas se aproximou de vagar, e quando estávamos à centímetros de distância, ele se ajoelhou, ficando cara à cara comigo.
-O que você quer? -Eu disse, não gostando nada daquilo-
-Ele riu, sarcástico- Então é assim que você me agradece... Te poupo por dois dias, deixo Marissa lhe trazer comida, e você age dessa maneira... -Ele segurou meu rosto- Parece que você ainda não entendeu, que eu quero sua alma. -Ele disse se aproximando-
Então oque menos esperei fazer, fiz.
Eu cuspi em seu rosto.
-Que golpe mais baixo. -Ele desceu a mão para o pescoço- Sabe como seria fácil esmagar sua traqueia?
Eu consegui mover um pouco a perna, e em seguida, dei uma joelhada em suas costas.
Ele me deu um tapa.
-Da pra parar de tentar me machucar? É inútil!
-Não! Eu não vou parar até eu conseguir sair daqui!
As correntes que estavam prendendo meus pulsos estavam um pouco largas, mas se eu conseguisse abri-las mais, poderia dar um soco nele.
Eu passei os braços por trás e puxei com as mãos.
O corte estava ainda sensível, oque fazia arder um pouco.
É claro que, usando a força, outros cortes se fizeram.
Mas quando eu consegui soltar mais as correntes, meu punho foi até seu maxilar.
Ele pareceu sentir, pois soltou meu pescoço.
Eu coloquei meu corpo pra frente e puxei seu cabelo cacheado comprido pra trás.
Depois meus joelhos se chocaram contra seu tórax.
-FILHA DA PUTA! -Ele exclamou-
Antes que eu percebesse, o vampiro subiu em cima de mim. Segurando minhas pernas com as dele e segurando meus pulsos com uma mão, enquanto a outra segurava em meu pescoço.
Confesso que ele estava a uns cinco centímetros de mim, mas pude sentir algo duro e comprido, em meu ventre.
Eu achei muito estranho aquilo.
Pelo fato de eu ter vinte anos, já estava na idade de perder a virgindade. E aquilo me pareceu, sinceramente; um pênis ereto.
-O que vai fazer agora Megan? -Ele disse, com a respiração ofegante-
Michael P.O.V’s
Eu passei a tarde na biblioteca.
Marissa pareceu entender meu lado, pois não me procurou e nem nada.
Mais a noite, eu sai daquele cômodo e fui até o quartinho, com esperanças de conseguir matar Megan.
E como sempre, foi aquele joguinho neurótico dela.
“O que você quer?”
Será que ela ainda não entendeu que eu sou um vampiro e que quero beber o sangue dela?
Enfim, ela deve ter algum problema, porque ela fica lutando comigo... Ela me da joelhadas, cospe na minha cara e etc.
Sendo que isso só me deixa excitado!
Eu sinceramente não sei oque passou pela minha cabeça, quando eu subi em cima dela e a prendi.
E o pior, eu estava gostando daquela posição.
Quando me dei conta, meu pênis já estava encostando em sua barriga.
O-oh!
Ela tentava se soltar, e isso fazia com que a barriga dela roçasse com minha ereção.
Aquilo estava ficando muito gostoso... Se eu não quisesse tanto matar essa desgraçada, já teria comido ela ali mesmo.
Aaaaarrrrrrrggggg! Eu não posso pensar nisso!
Mas, estava tão bom... Que...
Sem perceber eu estava a um centímetro de Megan.
E estava quase a beijando!
MAS QUE PORRA É ESSA?
Foi oque eu disse pra mim mesmo.
Então, me levantei rápido, peguei as correntes e prendi mais forte em seu pulso.
Ela não disse nada, somente me olhava assustada.
Quando terminei, sai do quarto batendo a porta.
Megan P.O.V’s
Ok, eu estou maluca, ou ele tentou me beijar?
Mas que caralhos ele tem na cabeça?
Deve ser as consequências por tomar o sangue de pessoas com problemas psiquiátricos!
Assim que ele saiu, eu voltei a recostar a cabeça na parede.
Pensava em como estava sendo a noite fora daquela cripta.
Provavelmente, meu pai devia estar chegando do trabalho enquanto Luke e minha mãe, estão dormindo.
Se minha mãe tivesse devolvido meu celular, eu poderia ter algo pra fazer, pelo menos!
Bom, minha mãe pegou meu celular tem uns três ou quatro meses.
Tudo isso, porque eu roubei uma BMW X6.
Eu vou lhe dizer algo, NUNCA more com seus pais depois de ser adulta.
É uma merda.
Você tem que depender deles pra tudo.
E pais como os meus, bem, eles querem controlar sua vida.
O meu objetivo, era ter uma banda famosa.
Meus amigos e eu, já chegamos a fazer pequenos “shows” numa churrascaria e pizzaria, e em algumas festas da escola.
Mas, meus pais me obrigaram à largar a banda e fazer essa merda de faculdade de Juizado.
Eu queria morar sozinha, mas eu não tinha dinheiro, então é claro que, não rolou.
Sabe que às vezes eu penso que é até bom eu estar aqui, porque ai eu não preciso estudar e nem aturar minha família.
Se é que isso pode ser chamado de família.
Acabei adormecendo ali
CAPÍTULO 7 - SONHOS SE TORNAM REALIDADE
Oi gente, aqui é a Sarah Dantas, autora da fic Amor Mortal. Bom, quero dizer a vocês que agora eu irei passar a semana toda (menos sabados e domingos) na casa da minha bisa avó, ou seja, eu irei postar os capítulos todos os dias da semana. A não ser que aconteça alguma coisa comigo, rsrs, mas é algo improvável. Quero pedir mais que milhões de desculpas pra vocês que esperam a fic, e quero agradecer, a vocês, e principalmente a Isabella Alves por ter paciência comigo das vezes em que ela cobra as fics e eu não mando pra ela kkk. Enfim, é só isso que eu tenho a dizer. Beijos pra todas
Megan P.O.V’s
Naquela noite havia sonhado algo estranho.
Não sei se é porque eu convivo com um vampiro, oque é perturbador, e por isso minha mente está fazendo eu ter um tipo de coisa que não sei definir o nome, exatamente.
Seria alucinações?
Não sei dizer.
Eu estava deitada em algo similar a uma cama, vestia um vestido longo cor vermelho sangue e meus cabelos caíam sobre meus braços perfeitamente. Pela minha feição, eu parecia estar à espera de algum acontecimento.
E então, o vampiro Michael Jackson apareceu.
Ele vestia uma roupa preta com uma capa, também preta.
Sim, a roupa igual a do Drácula... Céus, eu preciso parar de assistir esse filme.
O vampiro se aproximava devagar, então ao chegar do lado da “cama”, ele sobe em cima de mim e se aproxima de meu pescoço, ele distribui beijos delicados até se aproximar de minha mandíbula, e depois chegar a minha boca, me dando um beijo calmo, porém quente.
Foi ai que eu disse oque JAMAIS, pelo menos pensava que jamais, iria dizer.
-Me morda. -O vampiro me olhou surpreso- Tá esperando oque? Me morde.
-Eu não posso fazer isso. Não posso...
-E porque não?
-Porque eu não escolhi ter essa vida, e se pudesse voltar no tempo, eu não decidiria ter isso pra mim. -Ele disse me olhando enquanto uma de suas mãos acariciava eu rosto- Não posso condenar você.
-Você sabe que é isso que eu quero. Viver ao seu lado pra sempre. Michael... Me morde.
Essa foi minha última frase até o cenário voltar. Novamente eu estava deitada, da mesma forma. O vampiro repetiu os beijos pelo pescoço e depois, quando eu menos esperei, suas presas perfuraram minha carne.
Eu acordei com um grito.
Imediatamente meus dedos tocaram meu pescoço, fazendo eu ter a certeza de que nada daquilo havia acontecido.
Eu olhei para o lado e avistei Marissa segurando uma tigela com algo líquido e meio alaranjado sob um prato.
Sopa.
Eu pensei.
-Bom dia. Está tudo bem? -Ela disse colocando a mão em minha testa- Está suando frio.
-Eu... Acho que tive um pesadelo...
-Bom... Eu trouxe seu café da manhã.
-Se estiver ruim, saiba que não fui eu que fiz a sopa.
-Não foi o vampiro não, né?
-Não. Nós temos um cozinheiro aqui.
-E ele sabe sobre....?
-Ele é um de nós.
-Quantos fantasmas vivem aqui?
-Seis, contando comigo.
Ótimo! Convivo com 7 mortos-vivos, sendo que um deles é também um sanguessuga violento.
Estou me sentindo no país das maravilhas!
-Eu vou afrouxar suas correntes.
Ela pegou meus pulsos e afrouxou as correntes que os mantinham presos.
Marissa me deu a tigela com sopa e uma colher.
Eu dei a primeira colherada. O gosto não era ruim, no primeiro momento.
Depois, ela ficava com um gosto horrível de seilá oque.
Porém, era comestível.
Eu tomei toda a sopa, e devolvi a tigela para Marissa.
-Bom, eu preciso ir.
-Tudo bem.
-Tchau. -Ela disse se levantando e saindo.
Eu havia desejado que aquela tarde chata nunca acabasse.
Porque eu tinha a certeza de que ele viria e me machucaria de novo.
Quando a luz prateada vinda da janela pousou ao meu lado, eu soube que já chegava a hora.
A hora de apanhar.
Disse meu subconsciente
A porta abriu-se rápido e a figura monstruosa se expôs ao escuro.
Eu apenas continuei olhando para o chão, de forma que parecia estar ignorando-o.
Ele apenas apoiou o corpo entre os pés, ficando de frente para mim.
Michael Jackson em um segundo já segurava meu pescoço e suas presas estavam alongadas, esperando para dar o bote.
E quando ele encostou suas presas em minha pele, e reparou que eu não havia dito nada desde a sua chegada, o vampiro exclamou:
-Não vai dizer nada? Ou tentar fugir? -Eu apenas fiquei calada- RESPONDA!
-Mesmo que eu tentasse, não adiantaria. Você é um vampiro, e eu uma humana. Você me morde, e eu morro. Tentar evitar só iria atrasar minha morte, porém a tornaria mais dolorosa.
-Você tem razão... Pra que evitar algo que você não escapará?
Ele disse, antes de suas presas perfurarem minha pele.
CAPÍTULO 8 - O IMPOSSÍVEL PODE ACONTECER
Michael P.O.V’s
A tortura estava acabada.
Eu a mordera.
Seus berros eram constantes, ela sentia a dor da morte, que a chamava para o inferno.
Ainda não havia terminado de beber seu sangue quando a pior cena do mundo aconteceu.
-MICHAEL! -Berrou a garota-
Ao olhá-la, eu vi... Eu vi o rosto de minha mãe.
Eu estava tirando a vida de minha própria mãe.
O mesmo instante eu a soltei. Desci as escadas rapidamente e fui até o cemitério.
Meus pensamentos estavam a mil...
O que eu fiz?Megan P.O.V’s A única coisa que sentia era a verdadeira dor, a dor que me levava a morte a cada chupada dele. No momento, eu sentira oque suas vítimas haviam sentido. Eu sentia parte de minha alma indo embora, a cada berro, a dor se tornava mais forte. Parecia que aquilo nunca iria acabar, pelo menos, até eu sem querer gritar o nome dele. O vampiro olhava, acho que assustado, antes de me soltar e ir embora. Minha vista estava meio embaçada, por isso não pude vê-lo exatamente. Mesmo depois dele ter sugado meu sangue, parecia que ele ainda estava ali, terminando seu jantar. Como estou viva até agora, sinceramente não faço a menor ideia. Meu pescoço queimava e coçava, oque era insuportável. Acho que passei uns dois ou três minutos consciente... A única coisa que me lembro exatamente, era minha cabeça girando, e depois, eu apagando.
Michael P.O.V’s Após voltar, eu fui para meu quarto. Me despi, tomei um banho frio e coloquei somente uma cueca. Então algo veio a minha mente... Eu tive uma alucinação. Não pude deixar de repetir a palavra enquanto pensava; Eu não matei Megan. AARG! Que ódio de mim mesmo. Eu não sei o porque, mas desde que essa infeliz veio pra cá, minha vida anda pior do que antes. Mal sabe ela que depois de hoje, a vida dela está por um fio. No dia seguinte...
Michael P.O.V’s Minha manhã era como de praste. Eu acordava, me vestia, tomava bolsas de sangue e procurava algo para fazer. Estava olhando para o nada quando vejo Marissa carregando uma tigela com sopa. -Achei que já tivesse tomado café. -Eu disse- -Na verdade isso é para Megan. -Marissa você está desperdiçando a sopa levando isso a ela. -Por que? -Ela tá inconsciente. Só deve acordar amanhã. -E como ela ficou inconsciente? -Eu fiquei calado- Não me diga que... -Marissa subiu as escadas para o quartinho rapidamente, me deixando sozinho-
Marissa P.O.V’s -Oh, céus... -Eu disse vendo o corpo de Megan no chão- Corri até seu lado e percebi que ela respirava, bem fraco, mais respirava. Eu sorri ao saber que ela estava viva. Raramente as pessoas saem vivas de um ataque de vampiro. E principalmente, vampiros como Michael. Levantei-me e sai do quarto, descendo as escadas aliviada. -Como você pode fazer uma coisa dessas? -Eu não tenho culpa se tenho sede. -Mas tem culpa de ser um assassino! Eu não sei como você pode não ter pena! A garota só está no começo da vida! -Eu também estava no começo da vida quando me transformaram! -Michael, só porque você é um vampiro, não significa que você tem que tirar o sangue de humanos! Você tem centenas de bolsas de sangue! -E eles são tirados de quem? -De humanos! Mas pelo menos você não está matando eles! -MARISSA, VOCÊ NÃO TEM AUTORIDADE NENHUMA PRA ME DIZER OQUE DEVO FAZER OU NÃO! -MAS EU SOU SUA MÃE! -NÃO É! MINHA MÃE SE CHAMA HAZEL KATHERINE! E MEU PAI BILL JOSEPH! Aquilo me magoou tanto, que pude sentir meu coração doer. Michael não era quem eu pensava que fosse. Ele era um monstro. -ÓTIMO ENTÃO! MAS SAIBA DE UMA COISA, NENHUMA OUTRA MÃE VAI TE AMAR QUANTO EU TE AMO! PORQUE NENHUMA DELAS GOSTARIAM DE TER UM FILHO SANGUESSUGA EGOCÊNTRICO! -Foi oque eu disse, antes de ir pro meu quarto-
Michael P.O.V’s E era isso que eu era. Um sanguessuga egocêntrico. A tarde passou-se rápido. Mais a noite, eu passei no quartinho para ver se Megan havia acordado. Mais a única coisa que vi, foi uma garota de cabelos negros e pele branca, tentado respirar continuamente. Eu havia tirado dela mais sangue do que imaginara. E não sei porque, mas me sentia mal por isso. Eu fui me deitar, mas não parava de pensar nas minhas palavras para Marissa e no quão magoada ela deve estar. Se não fosse o orgulho, teria a pedido desculpas.
CAPÍTULO 9 - EU... ESTOU VIVA?
Megan P.O.V’s
Minhas pálpebras se abriram lentamente, eu me sentei, encostando as costas e a cabeça na parede.
A luz do sol era escondida por grandes nuvens carregadas.
Eu estava observando pela janela, quando a porta se abre.
-Ainda bem que acordou. -Disse Marissa- Ontem eu vim ver como você estava, mas ainda dormia.
-Por quanto tempo eu dormi?
-Dois dias.
-Achei que tinha sido horas. -Eu me assustei-
-Michael tirou muita parte de seu sangue... E o efeito, como foi forte, deixou você desacordada por esses dias. Bom... Eu trouxe uma sopa, sei que é ruim, mas dá pra comer.
Eu encarei a tigela de sopa.
Eu queria comer, porém, depois do que aconteceu, a única coisa que eu quero é morrer.
Se o vampiro ainda não me matou, ele irá me matar.
-Obrigada Marissa, mas eu não estou com fome.
-Não está com fome? Mas não come a dois dias!
-Eu sei... Mas eu não quero...
-Tem certeza? Você está fraca, precisa comer.
-Eu estou bem.
-Tudo bem então... Já vou indo.
Ela disse e saiu do quarto.Michael P.O.V’s Eu acordei, peguei algumas bolsas de sangue e voltei para o quarto. Aproveitei e terminei de ler “Guerra e Paz”. Mas pela tarde eu resolvi descer para ficar na biblioteca, acabei vendo Marissa, que segurava uma tigela com sopa. Ela estaria acabando de voltar do quarto. Talvez Megan não tenha acordado ainda. Foi oque pensei. Então, entrei no cômodo e fechei a porta. Eu coloquei alguns vinis e procurei um antigo álbum de fotos que era de minha mãe. Comecei a folheá-lo, quando encontrei uma foto.
Megan P.O.V’s A tarde naquele ambiente havia sido comum, apesar de eu estranhar a não presença do vampiro mais à noite. Eu estava morrendo de frio, porém não tinha nada com oque me esquentar. Acabei me encolhendo um pouco e dormindo. No dia seguinte...
Michael P.O.V’s Eu me levantei, joguei água fria em minha face e desci para pegar bolsas de sangue, quando ouço Marissa e Frank conversando. -Não sei porque se importa com ela, Michael já disse que você não precisa dar nada a ela! Além do mais, ontem ela nem tomou a sopa! -Disse Frank irritadiço- -Por mais que sua sopa seja horrível, ela não teve fome ontem. Eu a ofereci duas vezes, porém ela não quis. -Então quer dizer que a garota está viva e você não me avisou? -Eu disse me intrometendo- -Não quero que você acabe com a vida dessa menina! -Disse Marissa- -Ótimo, pois é isso que farei agora! Eu me movi até o quarto utilizando minha velocidade vampiresca e eles não puderam fazer nada.
Megan P.O.V’s Eu acordei faminta. Meu estômago parecia ter sido arrancado fora, literalmente. Eu continuei deitada, com os olhos fechados. A porta abriu-se rápido e foi fechada da mesma maneira. O vampiro. Pensei. Passos largos e divagares vieram ao meu encontro, que logo foi seguido por um tapa. Eu abri os olhos e o vampiro me encarou, antes de desamarrar as correntes rapidamente -Usando uma velocidade inacreditável. Coisa de vampiro- e me tacar na parede. Dessa vez eu irei lutar até meu último suspiro. Eu me levantei e dei um chute... No ar! Quando percebi Michael estava segurando meu pescoço me prendendo à parede. -Sabe como seria fácil esmagar sua traqueia? Ele disse, me jogando no chão de novo. Seu chute foi em meu rosto, oque me incomodou tanto que cheguei a resmungar. Ele pegou meu cabelo, puxando-o, e erguendo minha cabeça, que deu espaço para meu rosto tomar tapas fortes que não acabavam. Lágrimas corriam pelo meu rosto. Depois de mais alguns minutos de tortura, o vampiro saiu do quarto, me deixando caída. Logo em seguida, Marissa e um outro fantasma chegaram ao quarto, se assustando com meu estado. -Como Michael pode fazer isso? -Lágrimas saíam do rosto de Marissa, enquanto falava- Frank, ele é um monstro! Olha o estado de Megan! -Tem razão, a garota está muito machucada, olha só o sangue na boca, e essas marcas no rosto dela... -Frank dizia assustado- -Isso é tudo culpa minha... Eu não devia ter vindo aqui, deveria ter ido pra casa com meu irmão... Deveria ter estudado... Deveria ter obedecido meus pais... Deveria ter escutado as pessoas... Eu mereço passar por tudo isso... Eu mereço apanhar por ter invadido a casa dele... Eu mereço... Eu nunca escutei ninguém... Sempre fiz coisas erradas... Eu mereço... Morrer-Eu dizia, chorando- -Não... Não... Megan... -Dizia Marissa- -Eu sou uma idiota... Marissa e Frank ficaram ali até eu dormir.
Michael P.O.V’s Eu voltei para o meu quarto e me tranquei. Passei o resto do dia ali. Marissa bateu na porta várias vezes, mas fingi não ouvir. Só sai para caçar, e quando voltei, logo adormeci.
CAPÍTULO 10 - QUANDO SERÁ QUE EU TEREI PAZ?
Autora P.O.V’s
Passaram-se 1 mês, no total, 30 dias.
Depois do que havia acontecido antes, Megan parara de comer, e agora estava beirando os 38 quilos.
Michael um dia sequer deixou de espancá-la.Megan P.O.V’s Haviam passado cerca de 1 mês, segundo Marissa. Eu não comia nada, apenas tomava um suco ou até mesmo água, de vez em quando. Eu não conseguia me levantar, pelas dores e pela debilitação. Pelo meu corpo, podia se ver manchas roxas, arranhões, e algumas marcas vermelhas de mãos... Michael vinha pela manhã me espancava e saia. Isso já tinha virado rotina. Eu estava acordada, sentada, encostada na parede. Estava chovendo à fora, e entrava um pouco de água pela janela quebrada. O vampiro adentrou o local marcando sua presença. O medo tomou-me e meu coração tornou a acelerar. -Olha, só pra avisar, se não quiser comer nunca mais fale logo a Marissa. Você estará me fazendo um grande favor. Ele dizia enquanto nos olhávamos cara a cara. -Não vai dizer nada? Ou vai ficar me olhando com essa cara de besta? -Ele disse, me dando um tapa no rosto- Eu continuei em silêncio. -Bom, então hoje parece que não vou ouvir seus gritos de dor... Ele se moveu para uma cômoda pequena, pegando um... Chicote. Michael o bateu na mão e depois o torceu. -Hoje vou mudar meus métodos. O vampiro me levantou e me virou, colocando-me de frente a parede. Hoje que não saio viva, pensei. Eu coloquei as mãos na parede procurando sustentação, até sentir algo fino e duro bater com força total nas minhas costas. Eu tampei minha boca para não gritar. Então se seguiu. Duas, três, quatro, cinco, seis... E outra com a maior força, fazendo eu berrar e cair no chão. Sete chicotadas. -Por favor... Para... -Eu dizia chorando- Eu sei que eu mereço isso, mas por favor... Me desculpa por ter invadido sua casa... -Ele me deu outra chicotada- AAAAH! Por favor...... Por... Favor... Eu mereço apanhar... Eu mereço morrer apanhando... -Ele meu outra chicotada- AAAAAAAAAH! -Eu comecei a soluçar- Eu... Eu sou uma imbecil... O vampiro me deu outra chicotada Senti minhas costas se dobrarem, em força ao impacto. Meu grito se ecoou por toda a cripta. Então, logo ele deu outra chicotada, fazendo com que algo quente descesse por minhas costas. Coloquei uma das mãos no local e a trouxe à mim. Ela estava coberta de sangue. O vampiro havia me machucado muito. Com mais uma chicotada, meu choro não era o suficiente pra expressão a dor. As únicas coisas que sentia eram: dor, sofrimento e medo... Mas o principal era o medo. As chicotadas continuaram. Chegou a um ponto em que, eu não sentia mais minhas costas. -Acabou... -Eu disse baixo, me conformando de que a próxima me levaria- De repente, porta bateu e eu notei que o chicote estava no chão, todo ensanguentado. E Michael Jackson não estava mais no local. Marissa entrou no cômodo logo em seguida. -Oh, Céus! -Ela disse assustada- Monstro... -Marissa tirou o casaco que usava e usou para cobrir minhas costas- Você vai ficar bem... Eu não vou deixar ele te machucar de novo... Aquele covarde... -A cada palavra, Marissa chorava- Eu preciso fazer alguma coisa... Vou falar com ele... Isso, eu irei falar com ele. Ela saiu antes que eu pudesse dizer um: “Não”.
Michael P.O.V’s Haviam se passado semanas. Como sempre ficava naquela de soco, tapa, chute, puxada de cabelo e jogadas, resolvi mudar um pouco meu método. Nessa manhã foram cerca de vinte e cinco chicotadas. É claro que minha parte vampiro queria bem mais, porém, não sei oque deu em mim... Quando Megan começou a chorar, falando que merecia passar por isso, eu me senti mal... E quando suas costas começaram a sangrar, eu me senti pior. Mas que merda está acontecendo comigo? Eu ia subindo para meu quarto, quando fui barrado por Marissa, que tinha voltado do quartinho. -Mas que tipo de covarde você é? -Do que você tá falando? -Estou falando daqueles cortes horríveis nas costas de Megan! -Marissa se vier com lição de moral pro meu lado, pode parar! -NÃO É UMA LIÇÃO DE MORAL, SENHOR JACKSON! E SIM, UMA PERGUNTA! -NÃO GRITE COMIGO! -EU GRITO SIM! -Minha mão acabou escapando e eu lhe dei um tapa na cara. Marissa me encarou incrédula, enquanto seus olhos ficavam marejados- Você é um monstro, Michael Jackson! Foi oque ela disse, e depois seguiu para a cozinha. Eu entrei em meu quarto e tranquei a porta. Parei-me em frente ao espelho e encarei a minha imagem refletida nele. Você é um monstro, Michael Jackson! Essas palavras ecoavam em minha cabeça. Eu arranquei o espelho da parede e o taquei no chão. Na minha mente, eu imaginava minha mãe dizendo: Um monstro... É isso oque você é. Eu te amo Michael, mas isso nunca vai merecer meu perdão, e nem o perdão de Megan, ou até mesmo de Marissa. Olhe a sua volta. Olhe a pessoa que você perdeu... Olhe a vida daquela garota que agora está a ponto de acabar... Você está na corda bamba Michael... E só seu arrependimento irá salvá-lo da escuridão eterna. Minhas lágrimas de culpa escorriam como se não tivessem fim. Marissa estava certa. Eu era um monstro.
CAPÍTULO 11 - EU NÃO POSSO ESTAR AMANDO
Michael P.O.V’s
Por ser um vampiro, baixas temperaturas não me incomodam, porém, no resto do dia, eu pude sentir um pouco de frio.
A chuva que começou pela manhã, tinha virado uma tempestade.
O céu era apenas iluminado pelos relâmpagos.
Eu passei o dia todo no quarto, sem beber nenhum sangue.
No dia seguinte, eu acordei morrendo de sede, então desci para tomar sangue.
Freddie estava arrumando numa bandeja, um sanduíche, uma maçã, uma fatia de bolo de chocolate e um copo com suco de laranja.
-Achei que a garota não fosse mais comer. -Eu disse-
-Esse é o café da manhã de Marissa.
-Então porque ela não vem preparar?
-Porque ela não quer vê-lo, senhor.
Ele já ia levando a bandeja, quando eu disse:
-Deixa que eu levo. -Disse, pegando a bandeja de suas mãos-
Eu fui até o quarto de Marissa e bati na porta.
-Entre.
Quando eu abri a porta, Marissa não acreditou que eu estava ali.
-Senhor? Oque faz aqui? -Ela perguntou-
-Eu trouxe seu café.
-Coloca ali em cima. -Ela disse apontando para uma mesinha-
Eu fiz oque ela havia pedido, e então disse a coisa mais inacreditável.
-Marissa, eu quero... Te pedir desculpas, por ontem... Eu não tive a intenção... -Ela me interrompeu-
-Você veio pedir desculpas?
-Sim...
-Ela me abraçou- Então está desculpado.
Nós nos soltamos e eu disse:
-Bom, agora vou deixar você tomar seu café.
Então eu sai.
Voltando para a cozinha, Freddie estava levando um prato com bolo e suco de laranja para Megan, com certeza.
Eu peguei algumas bolsas de sangue e coloquei numa caneca, e quando ia levá-la aos lábios, um barulho ecoou pela cripta.
Vidro quebrando, foi oque pensei.
Marissa saiu correndo do quarto e me encontrou.
-Que barulho foi esse?
-Eu que não sei. -Respondi-
Freddie desceu as escadas o mais rápido que pode, e começou a falar ofegantemente.
-Marissa... -Ele dava pausas para descansar- A Megan... Tá tossindo sangue.
-E você quebrou um prato e um copo, porque a garota tá tossindo sangue? -Eu disse, fazendo eles olharem para mim-
-Marissa, é muito sangue...
-Eu vou lá ver.
Marissa e Freddie subiram, e eu continuei oque estava fazendo.Megan P.O.V’s Eu confesso que nunca senti tanto frio do que na noite passada. O casaco que Marissa usara para cobrir minhas costas, e minhas calças não eram o suficiente. Não dormi a noite, só pela madrugada que consegui, é claro que, depois de muitos espirros e tosses. Acordei pela manhã seguinte, tossindo muito sangue. Eu sentia que estava quente. Freddie se assustou com o sangue e chamou Marissa que veio desesperada. -Ela colocou a mão em minha testa- Você está queimando em febre. E está tremendo também... -Ela se levantou e abriu um armarinho que estava do lado da cômoda, e tirou uma manta, me cobrindo depois- Está mais aquecida. -Sim... Obrigada Marissa. -Eu disse com a voz fanha, por causa do nariz entupido- -Você precisa de alguma coisa bem quente... Vou fazer uma canja! -Não... Eu não estou com fome. -Megan, faz mais de trinta dias que você não come... Impossível não estar faminta. -É sério Marissa... Eu não quero nada... -Bom, se é assim, tudo bem. Ela e Freddie se retiraram do quarto.
Michael P.O.V’s Após a porta do quartinho ser fechada, pude ouvir Marissa e Freddie conversando. -Isso está me preocupando... Faz mais de um mês que ela não come absolutamente nada... Ela já está magra demais, e com esse resfriado, pode acabar morrendo. -E nós não podemos fazer nada... Ela quer morrer, e não tem como mudar a opinião dela. Eu fiquei preocupado com essa conversa. Ela estava doente e anêmica. Qualquer coisa podia acabar com a vida dela. -Por que ela não quer comer? -Eu disse me metendo- -Achei que já soubesse o motivo... -Disse Marissa- -Não. Óbvio que não. -Michael, ela não te suporta... E a única coisa que ela quer é fugir de você... -Por que? -Porque Michael, ela tem medo de você. Deixei minha caneca na mesa, e fui até o quarto de Megan. -Michael, por favor... -Marissa dizia- Eu abri a porta e a fechei. Megan me olhou e escondeu a cabeça entre as pernas, colocando os braços em cima. Podia ouvir ela chorar baixinho, enquanto murmurava: “Que seja logo hoje”. Eu apenas a observei. Em cerca de segundos, Megan virou a cabeça e tossiu mais sangue. Seu corpo já estava tão frágil, que quando ela se virou, eu tive que usar minha velocidade para agarrá-la, antes que caísse e quebrasse algum osso. Ela me olhou assustada. Nos seus olhos havia medo, insegurança, dor, e tudo que a estava consumindo durante um mês. Eu tive pena. Pena de a olhar no fundo dos olhos e me ver como reflexo, e poder enxergar quem eu era. Definitivamente, eu era um monstro. Mas eu vi outra coisa ali. Eu vi um vampiro apaixonado por uma humana, por quem a violentara por muito tempo. Me levantei e abri a porta, mas antes de fechá-la, olhei para ela novamente, que não compreendia minha atitude. Então voltei-me, e fechei a porta. Horas passaram-se e eu só pensava em Megan. À noite, logo após caçar e tomar um banho, me deitei olhando para o teto. A imagem dela aparecia, como se fosse real. Eu não posso... Não posso estar apaixonado por ela.
Megan P.O.V’s Aquela foi a coisa mais esquisita que já vi. Um vampiro não havia feito nada, nem pelo menos uma piadinha de mal gosto. Ele apenas me encarara. Seus olhos negros, penetrantes, não saiam de minha mente. Eu não posso... Não posso estar apaixonado por ele.
CAPÍTULO 12 - O VAMPIRO MATA, PARA ME MANTER VIVA
A metade daquela noite, eu passei em claros.
Megan P.O.V’s
O frio e a tosse com sangue era em conjunto. Um incomodo perturbante.
Quando ia pegar no sono, o barulho de passos em minha direção surgiu em meio aos trovões da tempestade. Eu olhei para o lado e subi aos poucos o olhar para Mich...
-AH! -Eu berrei-Michael P.O.V’s Eu estava perdido em meus pensamentos. Megan, sem nenhuma dúvida. A humana havia conquistado a mim, e a minha mais profunda e abominável alma. De repente um cheiro familiar se restaurou por minhas narinas... Um vampiro estava muito próximo de mim. E quando eu pensei que ele poderia vir me procurar, o grito de Megan ecoou pela cripta. Eu rapidamente tomei minha alta velocidade e cheguei ao quartinho. -Taylor? Disse ao reconhecer o vampiro que segurava Megan pelo pescoço. Taylor era um vampiro amigo de meu padrasto. Nós éramos amigos também, no começo, porém depois que Louise me largou para ficar com ele, ouve uma certa rivalidade... -Ora, ora... -Disse ele sorrindo, deixando as presas à mostra- -O que você tá fazendo aqui? -Eu perguntei- -Eu fiquei sabendo de umas histórias... Sobre uma humana ainda estar viva... Morando aqui, na sua cripta... E parece que eu encontrei a tal tão falada mortal... -Ele a olhou perversamente- -Taylor... Larga ela e vai embora... -Hum... Mas oque temos aqui... Um vampiro, protegendo uma humana... -Ele balançou a cabeça negativamente- Isso de fato não está nas nossas regras... Nós precisamos matar, Michael. E não defender. -Você quer matar alguém? Beleza. Me mata, mas deixa a garota fora disso. -Que linda, sua atitude Michael Jackson. Mas... Infelizmente hoje não é seu dia de sorte... Eu estou com fome! E essa será uma ótima vítima... -Ele lambeu os lábios e a olhou- Eu só não sei, se essa será uma boa refeição... Porque pelo visto -Ele tirou os cabelos de Megan, fazendo a marca da mordida aparecer- você não gostou muito do sabor. -Eu vou te dizer mais uma vez... Larga ela e vai embora. -Disse impaciente- -Desista Michael... A alma dela já é minha. Quando suas presas estavam se aproximando, eu disse: -Eu mandei você largar ela! Fui até o vampiro rapidamente e empurrei Megan pro outro lado. Eu o dei uma cotovelada no rosto, depois peguei sua cabeça e a puxei, arrancando-a. Em seguida cinzas se desmancharam e não restava mais nada dele. -Você está bem? -Eu perguntei a ela, preocupado- -Sim... -Ela disse meio assustada- Quando ela tentou se levantar, seu corpo não sustentou o peso e ela quase caiu, mas eu a segurei em meus braços. Pude ver alguns cortes em todo os pulsos de Megan, que devia ser por causa das correntes que a prendiam. Ela estava tão leve, que dar a volta ao mundo em alta velocidade com ela no colo, seria o mesmo que dar essa volta segurando nada. -Eu... Acho melhor você ficar em outro lugar, pelo menos até eu encontrar outro pra você. -Não... Hã... Aqui tá bom... Não precisa... -Dizia Megan, nervosa- -Se você ficar aqui, outros vampiros poderão vir, e você pode acabar morrendo. -É isso que eu quero mesmo... -Ela sussurrou- Fingi não ouvir e a coloquei no meu colo. Ela ficou calada. Então me dirigi ao meu quarto, usando velocidade de vampiro.
Megan P.O.V’s Depois do susto com aquele tal de Taylor, Michael acabou me poupando, matando o vampiro. Eu confesso que parecia sentir algo pelo vampiro, não sei se era por ele ser atraente e musculoso, ou se era minha mente que achava o cara super gostoso e queria ter alguma relação sexual com ele. Mas esse sentimento estava lá no fundo, lá no fundo mesmo, da minha alma. Eu sentia medo dele... Um medo absurdo. Ele me pegou no colo e foi extremamente rápido para um outro quarto que ficava na cripta. O vampiro me botou sentada no lado direito da cama, e deu uma pequena arrumada na parte esquerda. Depois ele me colocou sentada no lado arrumado, e se sentou poltrona que tinha do lado, do lado direito da cama. -Esta noite você passará aqui no meu quarto mesmo... -Eu não me incomodo de dormir na poltrona... -Disse calmamente- -Não. Fica aí mesmo. Deixa que eu durmo na poltrona. Fiquei em silêncio alguns segundos e me deitei.
Michael P.O.V’s Depois de um tempo, Megan adormeceu. Ela tossia muito, e toda vez colocava a camiseta na boca, pro sangue não escorrer. Eu ficava a olhando. Não existem palavras para definir oque eu estava sentindo... A única coisa que eu sabia definir, era alguma coisa que me puxava pra ela... Como se eu estivesse na pura escuridão, mas cada vez mais andando em direção a uma luz distinta, que era Megan. Eu tinha medo de chegar a claridade. Tinha medo do que poderia acontecer... E se eu me queimasse? E se eu morresse por ir além? A consequência não era a da mais certa. Mas se eu fosse até o final, poderia descobrir. Oque não compreendo é que; Eu estou mudando... E mudando automaticamente por Megan... Meus olhos se fecharam devagar, então, adormeci.
CAPÍTULO 13 - QUAL É A DELE, EIN?
Michael P.O.V’s
Eu abri os olhos, me levantando em seguida.
Megan ainda dormia, então procurei fazer pouco barulho, para não acordá-la.
Desci para tomar meu “café da manhã”, quando Marissa começa a me interrogar.
-Onde está Megan? Eu fui dar café da manhã a ela, e não a encontrei no quarto!
-Ela está no meu quarto... -Eu disse baixo-
-O que?
-Ela está no meu quarto! -Eu disse com o tom de voz mais alto-
-Como assim ela está no seu quarto Michael?
-Ontem um vampiro tentou matá-la, então eu achei melhor a deixar lá...
-Michael... Você está sentindo alguma coisa por ela?
Eu tinha que negar... Marissa me acharia um filho da puta masoquista.
E o pior...
Eu sou um filho da puta masoquista!
-Não...
-Michael...
-Eu já disse que não!
-Ótimo. Vou levar o café da manhã pra ela lá em cima.
Marissa disse, e então subiu para meu quarto.
Eu abri a bolsa de sangue, bebendo-a por completo, logo em seguida jogando a embalagem fora.
Manti meus ouvidos aguçados, a cada segundo, procurando ouvir tudo que Megan e Marissa diziam.Megan P.O.V’s Meus olhos se abriram lentamente. Eu olhei para o lado, e não avistei o vampiro. Provavelmente saiu pra caçar, pensei. A porta se abriu e eu olhei para quem entrara. -Bom dia. -Disse Marissa, com um prato de sopa- -Bom dia Marissa. -Trouxe seu café. -Marissa, não precisa... -Megan, olha pra você... Está muito magra... Precisa comer. -Eu não... -Eu tossi mais sangue- -Megan você está doente! -Dizia Marissa enquanto eu tossia- Eu sei que Michael lhe fez muito mal, mas ele irá parar... -Só... -Eu tossi- Só porque ele matou aquele vampiro, não significa que ele deixará de me matar... -Voltei a tossir mais sangue- Ele é um sanguessuga, Marissa. Não aguentará me ver por muito tempo. -Isso não é verdade... Eu falei com ele... -Como você pode provar que ele irá mesmo cumprir oque disse? Se ele quisesse me deixar viver, já teria me dito para ir embora... -As lágrimas desceram pelo meu rosto- Eu não aguento mais... A única coisa que eu quero é morrer... -Não diga isso... -Desculpa Marissa... Mas acabou pra mim. O silêncio durou alguns segundos. -Bom... Eu estarei lá embaixo... Qualquer coisa me chame. Marissa pegou o prato e abriu a porta, saindo do quarto. Eu comecei a chorar, pensando no porque de eu estar viva. Porque Michael Jackson estava me poupando em vez de tirar minha vida?
Michael P.O.V’s Marissa desceu de meio estranha. E eu sabia o porque. Havia ouvido a conversa e sinceramente, agora entendo oque Marissa me disse. -Não sei mais oque eu faço pra ela comer... -Dizia- A cada dia ela piora, e essa tosse com sangue não passa... -Se ela continuar assim, vai acabar morrendo por falta de sangue. -Concordei- -Parece que o sanguessuga se importa. -Não disse que me importo, só afirmei algo certamente. -Enfim... A questão é a seguinte, você liberta a garota e nosso problema está resolvido. Realmente nosso problema estaria resolvido. Porém... Ela poderia falar oque viu, pois sabe da existência de espécies como eu e Marissa. Oque no caso de Marissa, não é tão ruim, mas no meu... Pelos institutos vampíricos! Eles me colocariam amarrado numa cadeira exposto ao sol ou quebrariam meu pescoço! Se eu a soltar, ela pode fazer inúmeras coisas, e eu me daria muito mal. Por isso, acho melhor mantê-la aqui... É claro que parte de mim, queria que ela ficasse... MAS QUE MERDA! Tem tantas mulheres por ai, e eu logo tenho que me apaixonar por ela! De qualquer forma, ela ficará aqui. -Não. -Como assim não? Você não a mata, e quer deixá-la aqui? Megan não era uma humana insignificante, como qualquer outra? -Marissa, só aceita minha decisão. -Eu só quero entender, Michael! -Eu fiquei calado ignorando- Você está diferente... Está calmo e paciente demais... Fora que você matou um vampiro pra salvar a vida dela... Eu a olhei.
Megan P.O.V’s Michael Jackson de fato, está muito estranho... Deve ser o novo jeito dele enganar sua presa pra depois matá-la... A única palavra dirigida por ele, à mim foi: “Você tem medo de mim?” Eu fiquei quieta, esperando um tapa seguido de um: “Me responda!”... Porém, ele só o respondeu e foi embora me deixado no quarto. Eu não sei mais qual é a dele, honestamente. Ele quer me “proteger” ou quer me matar? O resto do dia continuou por si, de mesma forma.
CAPÍTULO 14 - MICHAEL... GENTIL?
Michael P.O.V’s
Acordei no dia seguinte, extremamente me sentindo mal...
Mesmo em silêncio, Megan disse exatamente o mesmo que “Sim”, quando lhe perguntei se ela tinha medo de mim...
Eu me sinto um monstro... E um babaca também...
Céus... Estou aqui me sentindo mal por causa de uma mulher... E humana, ainda por cima!
Mas que porra!
Eu fui até a cozinha do mesmo modo de vestimenta que dormi. Uma calça jeans preta, e fiquei sem camisa mesmo.
Eu desci e logo recebi um:
-Bom dia. -Marissa me disse, sorrindo-
-Bom dia... -Eu disse, seco... Qual é! Eu nunca disse um: “Bom dia”, depois que virei vampiro- Posso saber o porque de você estar sorridente hoje? O papa veio pra cá, é?
-Não, Michael...
-Então o que foi?
-Nada... Não é nada... -Ela disse, ainda sorrindo-
-Euein...
Peguei uma bolsa de sangue e a bebi.
Marissa estava colocando um pouco de sopa em uma tigela, para Megan, com certeza.
-Você está fazendo o café de Megan? -Perguntei, sonso-
-Sim. -Ela respondeu- Sabe... A cada dia ela me preocupa... Essa tosse com sangue não para...
-Eu “pensei” antes de falar- Será que... Hum... Eu poderia levar o café pra ela? -Eu disse, torcendo para que ela concordasse e não perguntasse o porque disso tudo-
MAS QUE MERDA, EIN MICHAEL JACKSON!
-Claro... -Disse, meio desconfiada-
Ela terminou de arrumar o prato e deu em minhas mãos. A sopa estava bem quente, então, peguei um pequeno pano de prato para segurar.
Eu subi as escadas, e abri a porta.
Quando vi, não acreditei...
Megan não estava tossindo sangue... Estava vomitando sangue.
Eu deixei a tigela no chão e corri até ela.
Eu coloquei a mão em suas costas, fazendo-a notar que eu estava ali.
Megan pareceu não se assustar tanto comigo. Ela estava mais assustada com ela mesma, com o sangue dela que estava saindo de sua boca feito água.
Depois que acabou de vomitar, ela limpou a boca com a camiseta e encostou a cabeça na parede, com os olhos fechados; me ignorando.
Eu pude olhá-la mais claramente. Megan estava magra, e seu rosto estava pálido.
Ela tinha a expressão de dor. Seu cenho estava franzido, e a boca dela estava se movendo, como se estivesse respirando.
-Eu... Trouxe seu café... -Disse, sem graça-
Nesse momento, achei que ela diria: “Eu já disse que não quero comer!”, porém, Megan continuou com os olhos fechados, de modo a não se importar.
-Megan, porque você quer morrer? Olha... Eu não entendo...
-Você ainda pergunta? -Ela disse, arrependendo-se depois-
-É por causa de mim?
Ela ficou calada uns segundos, então abriu os olhos e me olhou.
-Você já sabe a resposta. Tá perguntando por que? -Ela disse meio seca -
Eu nem precisei manter a calma.
Aquilo soou como um sincero sim, mas de uma forma grossa.
Eu não a culpo... Pra quem aguenta um mês perto de alguém como eu, e sendo espancada todo dia, isso foi até tranquilo.
-Megan, olha, me desculpa. Eu não queria ter te machucado tanto...
Na moral! Daqui a pouco vou me bater!
Ela me olhou pasma.
-Claro... Como se chicotear uma pessoa fosse normal! -Ela respondeu, nervosa-
Megan estava muito irritada. E nem parecia mais se importar com oque dizia.
Ela estava absolutamente descontando em mim a merda que sou!
-Eu tentei manter a calma, deixando meu tom de voz normal- Eu só quero que você tome a sopa... Nem que seja um pouco... Esse sangramento deve ser algo no seu estômago, fora que você está perdendo muito sangue ultimamente. -Eu disse, a entregando a tigela-
-Eu não quero.
-Só um pouco...
-Já disse que não quero!
Ela com certeza não queria ter dito aquilo. E eu percebi.
Decidi insistir, usando o “Por favor”.
-Megan por favor... Eu só quero o seu bem.
Meu lado vampiro deu altas gargalhadas no meu subconsciente.
Céus, eu estou louco!
Depois de me encarar com aquela cara, Megan pegou a tigela, olhando-a fixamente durante alguns segundos.
Logo depois, ela me surpreendeu: Megan pegou a colher, e colocou na boca, tomando a sopa.
Eu fiquei feliz por ela ter comido, e acabei deixando um sorriso se fazer em meus lábios.
Honestamente estou com raiva de mim mesmo!
Megan pareceu não notar meu sorriso. Ela continuou tomando a sopa até não sobrar mais nada.
Assim que terminou, me deu a tigela.
Eu peguei no seu pulso, podendo sentir sua pulsação mais forte.
Me levantei, e fui saindo, quando ela disse:
-Obrigada.
Eu fingi não me importar, tentando manter minha pose de ignorante.
Mas pra alguém que pede “Por favor”, tentar ser ignorante é inútil.
Eu desci as escadas, me deparando com Marissa.
-E ai? -Ela disse, esperançosa. Eu lhe dei a tigela, fazendo-a sorrir- Mas como... Ah, não importa... -Ela me abraçou- Obrigada mesmo Michael!
-Não tem de quê... -Eu disse-
-O que disse?
-O que foi, além de sorridente, ficou surda?
-Ela riu- Desculpa, é que não estou acostumada com seus agradecimentos.
-E nem se acostume...
Disse indo para meu quarto, puto.
Marissa já havia percebido que eu estava estranho, e ainda comprovara, depois de me ouvir dizer aquilo. Oque está acontecendo comigo?
Onde está toda aquela fúria que me alimentava por anos?
Onde está o verdadeiro monstro?
Onde está Michael Joseph Jackson?
Megan P.O.V’s
Realmente, Michael Jackson estava diferente. Ele parecia ter mudado, como Marissa disse.
-Megan? -Disse Marissa, entrando no quarto minutos depois que Michael Jackson saiu-
-Oi.
-É verdade que você comeu, mesmo?
-É né... Parece que sim... -Eu disse, me culpando por ter desistido de acabar com minha vida-
Além desse sentimento, eu pensava em Michael... Algo aconteceu pra ele estar dessa jeito. E a parte mais oculta de mim, queria saber oque.
-Ela me olhou atentamente- O que foi querida? Aconteceu alguma coisa?
Mesmo me conhecendo à pouco tempo, Marissa me conhece bem.
Até melhor que meus próprios pais.
-É que... Ele está estranho... -Respondi-
-Você fala de Michael, não é?
-Sim... Ele... Ele está diferente... Não sei... Está... Hum... Gentil...
-Eu também me surpreendi, querida... Michael nunca ficou assim antes... Fora que ele quis lhe trazer seu café da manhã hoje...
Aquilo estava pior do que pensei...
-Bom, mas o importante, é que você está bem, e que se alimentou!
Eu sorri sem mostrar os dentes.
-Eu acho que deixarei você descansar um pouco, e vou aproveitar para conversar com aquele cabeça dura. -Nós rimos do “Aquele cabeça dura”, e Marissa se levantou- Talvez eu volte aqui mais tarde. -Ela disse, e saiu-
CAPÍTULO 15 - O BEIJO
Michael P.O.V’s
Eu aproveitei aquela manhã para ler.
Bom... Pelo menos até alguém bater na porta.
-Entra! -Eu disse, marcando a página e fechando o livro, colocando-o em cima da cama-
Marissa abriu a porta, entrou e fechou a mesma.
Ela me olhou de um modo... Não sei... Ela estava... Feliz?
-O que quer? -Eu disse, seco-
-Será que nós poderíamos conversar?
Eu assenti com a cabeça, logo fazendo um sinal para que ela se sentasse na cama.
Depois de sentar, ela me encarou, sorrindo logo depois.
-Marissa, se for pra ficar rindo e olhando pra minha cara, acho melhor ir embora!
-Desculpa Michael... É que... É bom ver que você está mudando.
OK... PUTA QUE PARIU!
-Eu ri, sarcástico- Por favor Marissa... Me poupe!
-Isso que estou falando é sério Michael! Eu nunca te vi desse jeito... Você está diferente...
No meu dicionário mental, diferente significa babaca.
E eu estava diferente.
-Eu não estou diferente! -Discordei-
-Tem razão... Diferente não é bem a palavra certa!
Eu a olhei curioso, sem entender.
-Acho que apaixonado, é o correto.
Eu quase esganei Marissa.
APAIXONADO.
Que palavra mais horrível e nojenta.
É Sr. Jackson... Já pode se considerar um mero besta!
Eu ri, sem vontade.
Agora Marissa havia posto as cartas na mesa.
Ela sabia de meu mais temível, profundo e mortal segredo.
-Você só pode estar brincando!
-Não, não estou. -Ela me olhou mais precisamente- Acha mesmo que Michael Jackson O Vampiro agiria dessa forma, quando eu dissesse isso?
Marissa tinha razão.
Se ela me dissesse à uns meses atrás esta mesma frase, eu a mataria na hora.
Engoli em seco, antes de diminuir meu tom, para quase um sussurro.
-Marissa... -Eu suspirei, e fechei os olhos- Você tem que me prometer, que não irá contar à ninguém, e nem mesmo à Megan, sobre isso...
-Eu sabia! -Ela disse sorrindo-
-Não sei o porque dessa felicidade toda...
-O porque? Michael você está voltando a ser aquele menino... O ódio, a dor... Tudo isso está se desfazendo! Você pode ter uma vida nova!
-Você diz isso como se fosse bom...
-E é bom!
-Mas e Megan, Marissa? Será que você não entende? Ela não pode ficar aqui para sempre!
-É claro que pode... Se você a transformar... -Eu a interrompi-
Por um momento, eu pensei: Será que eu poderia transformar Megan?
Automaticamente um “NÃO!” veio à minha mente, afastando esse pensamento.
Megan me detestava. E a única coisa que ela queria é viver longe de mim.
-Marissa, ela me odeia! Ela acha que eu sou um monstro! Megan não aguenta mais passar sequer um minuto perto de mim!
-Michael isso não é verdade! Ela está te vendo de um modo diferente agora! Ela reconhece que você mudou!
-Do que adianta? Ela NUNCA sentirá o mesmo que eu!
Agora nem meu lado obscuro negaria.
Eu estava incondicionalmente apaixonado por Megan.
-Não desista tão fácil... -Ela disse-
Marissa se levantou, e saiu do cômodo.
Aquele sentimento era totalmente diferente de qualquer um que eu já tive. Era o tal amor, que se falava em livros. Aquele que não se pode dar nenhuma definição, apenas senti-lo.
Um tempo depois, algo deu em mim para querer voltar àquele quartinho.
Eu então fui rapidamente até ele.
Ao chegar na porta, pude ouvir algumas vozes... A voz de Marissa e a voz de Megan.
-Ele só está querendo mudar... Pela mãe dele, entende? Ele se sente culpado por se tornar alguém como o padrasto... Só peço que seja gentil com ele... Está bem?
-Tudo bem...
Marissa então acabou abrindo a porta e dando de cara comigo.
-Michael?
-Não, minha avó!
Percebi que Megan olhava para mim na mesma hora. Eu tirei minha distração dela, e olhei para Marissa, que entendeu meu claro e evidente “Licença”.
Ela desceu as escadas e eu adentrei o local, fechando a porta.
Eu andei um pouco pelo quarto, procurando algo a dizer. Então me sentei à sua frente. Ela voltou a me olhar, e olhar a cada movimento meu. Megan parecia menos assustada do que como fica normalmente... Talvez a conversa com Marissa havia feito bem a ela... E a mim também, se é que me entende...
Megan P.O.V’s
Já havia escurecido quando Marissa me trouxe o jantar.
Assim que terminei de comer, eu a entreguei o prato e ela o colocou no chão.
-Megan, sabe hoje cedo, quando você me disse que Michael estava diferente?
-Sim.
-Bom... Eu conversei com ele... E ele está confuso... Ele não sabe mais quem ele é... Ele tem a consciência de que está mudando, e isso é tão estranho pra ele... -Eu fiz uma breve pausa- Ele só está querendo mudar... Pela mãe dele, entende? Ele se sente culpado por se tornar alguém como o padrasto... E... Eu só peço que seja gentil com ele... Está bem?
-Tudo bem...
Depois dessa conversa, ela se levantou, abrindo a porta e me dando a visão do vampiro.
Será que ele havia ouvido esta conversa?
Depois dos dois trocarem umas palavras, e entrou no quarto.
Ele parecia pensar em algo, pois andava de um lado para o outro. Logo, ele se sentou à minha frente.
Eu o observava, e ele notou. Seu olhar era frio... Era de fato monstruoso.
Depois de uns segundos o vampiro suspirou, e depois me direcionou um... Tapa.
Minha face se virou com a força e eu coloquei os dedos em minha boca que sangrava.
“Ele mudou”... Eu me iludi com essa frase...
-Pelo visto Marissa estava errada! -Disse olhando o sangue em meus dedos- Você nunca vai mudar! VOCÊ SEMPRE SERÁ UM MONSTRO!
Ele pareceu se assustar comigo, e com minhas palavras.
Ah, ótimo Megan! Outro tapa!
Ou não...
Em seguida ele fez uma coisa que me surpreendeu ainda mais do que ele não ter me dado um tapa.
Ele me beijou.
O vampiro segurou em meus cabelos, puxando-me para ele. Após selar sua boca na minha, ele pediu passagem com a língua, e eu acabei concedendo. Sua língua explorava minha boca, enquanto sua mão apertava minha cintura.
Eu fiquei imóvel, não sabia oque fazer...
Ele me beijava com vontade e com rapidez... Parecia que Michael havia desejado isso por muito tempo. Ele estava desesperado.
Eu já estava perdendo o fôlego, quando ele me soltou.
Nós nos olhamos por alguns segundos, até ele se levantar, e ir embora.
Michael P.O.V’s
Eu não queria ter lhe dado aquele tapa, mas eu não aguentava mais aquilo... Eu não queria mudar... Eu não queria amá-la...
Mas então, meu “coração” falou mais alto e eu a beijei. O estranho é que por mais que ela me odeie, ela permitiu que eu a beijasse.
Eu queria mais do que o sangue de Megan... Eu a queria.
E isso eu não negaria nunca.
Naquela noite -Depois de caçar-, eu estava deitado em minha cama. Meu sub e sujo consciente, imaginou Megan ali, comigo. E não apenas deitada... Ela estava transando comigo.
Eu afastei esse pensamento, porém não posso dizer que eu não gostaria que aquilo acontecesse.
Rapidamente peguei no sono, sonhando com o cheiro de Megan em meus lençóis.
CAPÍTULO 16 - UMA CONVERSA QUE ACABA EM BEIJO
Megan P.O.V’s
O dia já amanhecera, e eu ainda pensava em Michael...
Ele havia me beijado... E eu esperava tudo, menos isso.
Nós nos odiamos!
Desde o primeiro dia em que eu coloquei os pés aqui, eu e ele não tivemos nenhuma relação amigável.
E isso não está para acontecer.
Eu notei que minha cintura estava um pouco dolorida de ontem, pelo “toque” do vampiro.
Mas não era com isso que eu me matava por dentro...
Eu me matava pelo fato de deixá-lo ter me beijado.
Perdida em meus pensamentos, não percebi Marissa abrir a porta, até que ela disse algo.
-Megan... Está tudo bem?
-Sim... -Disfarcei- Porque?
-Parece meio... Estranha... -Ela me deu um prato com um sanduíche de queijo e um suco de laranja-
-Eu estou bem. -Dei um sorrisinho-
-Eu conversei com o Michael hoje...
-Hum... -Emiti, lembrando de ontem-
-Ele me contou que te beijou... -Eu parei de comer, ficando imóvel- Mas ele também disse que te bateu.
-Eu coloquei o prato ao meu lado, olhando para Marissa- Você achou mesmo que ele ia mudar? Marissa, eu conheço esse tipo de gente. Elas nunca mudam! E do jeito que ele é... Esse temperamento ruim... Mudar é algo impossível.
-Ele disse que não queria ter te batido.
-Eu ri, irônica- Engraçado... Ele diz à você uma coisa, mas age de uma forma totalmente diferente...
-Megan ele apenas teve raiva de si mesmo... Ele não quer mudar... Mas ao mesmo tempo quer. Michael está muito confuso...
-E como eu fico nessa história? -Ela não respondeu- Um dia ele está calminho dizendo que não quer me machucar e no outro tá me dando chicotadas nas costas!
-Megan você precisa compreender! Está sendo difícil pra ele!
-E pra mim? Será que pelo menos uma vez alguém poderia pensa em mim? -Perguntei irritada- Marissa aceita para não se machucar depois! Ele nunca vai mudar!
Marissa precisava entender que esse Michael Jackson de quem ela tanto fala, não é bem quem ela pensa que é!
-Megan... Ele vai mudar... Eu sei que vai!
-Marissa... Michael Jackson é um monstro! E ele já deixou bem claro isso!
Ela ficou com os olhos vermelhos e marejados.
E eu me sentia um pouco culpada.
Mas pra que se iludir com algo que NUNCA vai ser a realidade?
-Desculpa Marissa... Eu não queria ser grossa... Mas isso que você diz não tem cabimento...
-Tudo bem... Você está certa. O Michael é um monstro... -Ela concordou, porém sua feição não era de concordância. Marissa se levantou, olhando pra mim- Quando acabar de comer, você pode deixar o prato ai... Mais tarde eu pego.
-Ok.
Ela abriu a porta e saiu do quarto.
Michael P.O.V’s
Desde oque aconteceu ontem, eu me limitei a olhar para alguém.
Com certeza Marissa saberia só de me olhar.
Eu estava em meu quarto, já bebendo a bolsa de sangue, quando Marissa bate na porta.
-Entra!
-Bom dia. -Disse Marissa entrando-
-Mal dia... -Disse bufando-
-Eu não te vi lá em baixo, então resolvi ver se estava tudo bem...
-Se me conhecesse saberia que eu nunca estou bem! -Disse grosso-
Eu não estava num dia bom.
Ontem eu havia batido, e depois beijado a garota que eu amo, mas que me odeia.
De fato, isso é pura escrotisse!
-Ela ignorou minha grosseria- Hum... Que cara é essa?
-A minha cara, ué!
-Não... Você está meio... Estranho... Na verdade, você e a Megan estão estranhos... Aí tem coisa...
Achei melhor dizer logo e encarar meu novo lado... O lado apaixonado babaca.
-Eu beijei a Megan, era isso que você queria ouvir?
-VOCÊ O QUE? -Ela quase gritou-
-Não grita porra!
-Tabom desculpa... Mas... Vocês se beijaram mesmo?
-Sim...
-E você gostou?
-Eu a olhei levantando uma sobrancelha- Sério mesmo? -Eu disse, meio envergonhado com a pergunta- Mas sim... Eu gostei. -Fiz pausa- Só que tem um problema.
-Que problema?
-Eu bati nela antes.
-Como assim você bateu nela? Agora entendi o: “Ele nunca vai mudar!”...
-Ela disse isso?
-Com todas as letras, Michael.
-Não foi minha intenção machucá-la... Eu estou com tanta raiva de mim mesmo que acabei descontando nela! Isso é estranho demais... Não sei... Eu fiquei com raiva de ter um amor platônico... E também porque eu estou mudando tanto que até me enoja...! Mas enfim... Eu não resisti e acabei a beijando...
-Você devia pedir desculpas por ter batido nela... Apesar desse beijo ter servido como desculpas... -Ela riu-
-HAHAHA! Muito engraçado dona Marissa!
-Daqui a pouco eu irei levar o café da manhã dela, depois disso, você pode ir lá, se quiser, é claro!
-Eu vou pensar... Não sou muito de pedir desculpas...
-Mas se quiser mostrar à ela que você é um Michael diferente agora, terá que pedir!
Eu fiz uma careta ao ouvir: “Você é um Michael diferente agora”.
Marissa disse somente isso, e então foi embora.
Algum tempo depois, eu resolvi descer para falar com Megan.
Só pra constar, eu estava nervoso.
Assim que cheguei a porta, suspirei, e logo a abri.
Megan olhou pra mim na hora. Ela não pareceu se surpreender por me ver.
Eu fechei a porta e caminhei até ela.
-Eu... Posso conversar com você?
-Claro... -Respondeu-
Me sentei à sua frente, como ontem.
Ela pareceu se sentir um pouco desconfortável, então se encostou na parede.
-Bom, eu vim te pedir desculpas.
-Pelo oque?
-Por ontem... Bom... Por todo esse tempo. -Fiz pausa- Antes que pense algo de mim, eu não vim aqui porque a Marissa mandou. -Suspirei- Vim porque acho que lhe devo um pedido de desculpas. -Ela continuou ouvindo, atenta- Por mais que você tenha invadido minha casa, eu não deveria ter te tratado daquele jeito.
-Hum... Ok. -Ela disse tranquila-
-“Hum... Ok”? É isso que você tem à dizer?
-Porque? Esperava que eu dissesse “Vai se fuder”?
-Não. Na verdade, eu esperava um “Eu te desculpo”.
Ela ficou quieta.
Megan não se importava mais com oque dizia.
Ela queria morrer, não é?
-Pelo visto estou perdendo meu tempo esperando que pelo menos uma vez você me trate bem! -Disse me levantando-
-OH! Agora vai dar uma de santinho, é? Pelo oque eu saiba, não fui eu que bati em alguém durante um mês! Eu trato bem, quem merece ser tratado bem!
-Eu já te pedi desculpa!
-Um dia você pede desculpa, pra no outro me bater!
Eu a segurei pelo rosto.
-Vá em frente, Jackson! Dá um tapa e aproveita pra arrebentar minha cara de uma vez!
Ela tava pedindo... Mas eu fiz algo diferente.
Eu aproximei meus lábios dos dela.
Nós estávamos cerca de 2cm de distância.
E eu acho que não conseguiria ficar assim por muito tempo.
-Você não me conhece... Não sabe do que eu sou capaz de fazer... A sua sorte, é que eu estou diferente...
-Estar diferente pra você é trocar de roupa, não é? -Disse zombando-
-Porque pelo menos uma vez você não cala a sua boca? Eu tenho que ficar toda hora fazendo isso...
Selei nossos lábios, pedindo passagem para minha língua. Ela não se contorceu, apenas rendeu-se a mim.
Nossas línguas brigavam entre si, mas as duas queriam o mesmo: Explorar a boca de cada um de nós. Enquanto segurava seu rosto, automaticamente eu desci a mão para sua coxa, cravando minha mão nela. Megan segurou em meu cabelo com a mão direita e a esquerda se mantinha em minhas costas, aproximando nossos corpos.
Depois de uns segundos, ela pareceu acordar, pois no meio do beijo me empurrou.
-Você é repugnante! Como pode achar que um beijo sempre concerta tudo?
-Vai me dizer que você não quis que eu te beijasse?
-Sim!
-Ótimo... Desculpa.
Eu me levantei depressa e saí daquele quarto.
Megan podia até estar certa... Eu era um vampiro nojento que achava que poderia magoar todo mundo e depois consertar a merda com um beijo.
Megan P.O.V’s
PELA SEGUNDA VEZ!
PELA SEGUNDA VEZ MEGAN!
Como eu pude deixar isso acontecer de novo?
Fora que eu me envolvi no clima também!
Arrg! Que merda!
O resto daquele dia se passou e fiquei me castigando mentalmente por aquilo.
Eu havia perdido minha dignidade.
CAPÍTULO 17 - MICHAEL ME SURPREENDE
Michael P.O.V’s
Eu não consegui dormir naquela noite.
As palavras de Megan ecoavam em minha cabeça, e não paravam sequer um minuto.
Megan não é qualquer mulher. Ela exerce um poder sobre mim que nem eu consigo explicar.
Isso é uma loucura!
Ela pode me magoar, pode rasgar meu coração em pedaços, mas mesmo assim, não sai de meus pensamentos.
Desci para tomar café e Marissa veio falar comigo.
-Michael, o que houve ontem?
-Como assim, o que houve ontem?
-Você foi falar com a Megan não foi?
-Sim.
-E você disse algo de errado? Ou acabou beijando ela de novo?
-Porque a pergunta?
-Porque ela não abriu a boca ontem à noite. Eu perguntei oque tinha acontecido e ela disse que nada... Disse que você só pediu desculpas.
-Pois bem, eu só pedi desculpas.
Ela me olhou incrédula do que eu acabara de dizer.
-Michael deixa de ser sonso! Eu sei muito bem que isso passou de um pedido de desculpas!
-Então porque você perguntou, ora?
-Porque eu queria te ouvir dizendo.
-TÁ! -Pausei- Eu vou te contar, mas não aqui. Não estamos num lugar adequado -Apontei um olhar para Freddie e para Jen- , se é que me entende.
-Sim, claro.
Eu puxei Marissa para a biblioteca.
-Vê se dessa vez não grita! -Pausei- Eu a beijei de novo.
-Hum... E ai...?
-Ela me empurrou e me chamou de repugnante. -Suspirei- Marissa eu não sei mais oque fazer... Eu... Amo essa garota... Mas ela só sabe me dar patada!
-Também né, Michael! Você espancou a garota... Ela tem todo direito de te odiar. -Eu a olhei, procurando alguém que me entendesse- Michael, se você quer que ela te entenda, procure entendê-la também... Pense em quanto tempo ela está trancada naquele quartinho, com as roupas sujas e cheias de sangue... Procurando alguma coisa pra fazer... E sem ninguém, a não ser a mim, para confiar. -Ela fez uma pausa- Tente agradá-la... Tente ser amigo dela... Tente consertar todos os seus erros.
-Eu... Vou tentar... De verdade.
-Ótimo! -Ela me abraçou. E aquele foi um abraço sincero- Marissa, faz um favor?
-Claro, senhor.
-Arranje roupas limpas pra ela... E deixe que ela tome banho em meu banheiro, mesmo... -Ela se surpreendeu- E... Diga a ela, que à partir de hoje ela poderá sair do quartinho... Mas só com você!
-Pode deixar, senhor.
Ela ia saindo, porém eu chamei sua atenção.
-Ah... Só mais uma coisa.
-Sim?
-Não precisa mais me chamar de senhor.
-Ela sorriu- Ok, Michael.
Eu retribui o sorriso.
De hoje em diante meu princípio é mostrar a Megan o Michael Jackson que ela não conhece, e que ela nunca imaginaria conhecer.
Megan P.O.V’s
Acordei com o barulho da porta se abrindo.
Marissa segurava um prato com um sanduíche e um copo com suco de laranja.
-Bom dia. -Sorriu-
-Bom dia...
Eu comecei a comer, então Marissa disse:
-Eu posso lhe perguntar algo?
-Claro.
-Porque você acha o Michael repugnante?
-Ele te contou sobre ontem, não foi?
-Bom... Sim...
-Suspirei- Mas sim. Eu o acho repugnante. Marissa, o que ele tem na cabeça, pra achar que ele pode fazer oque quiser, e depois sair me beijando?
-É... Nisso você está certa.
-Como assim, “nisso”?
-Não acha que está sendo um pouco arrogante com ele?
-Sinceramente... Não.
-Mas está... E você sabe... O Michael quer ser alguém diferente, mas com você agindo assim não ajuda muito.
-MARISSA! SOU EU QUEM ESTÁ PRESA NESSE INFERNO! COM ESSE FILHO DA PUTA NOJENTO, QUE ADORA SE FAZER DE VÍTIMA, ENQUANTO QUEM É A VÍTIMA SOU EU! -Gritei, irritada-
Marissa se assustou comigo... Eu nunca havia agido assim antes.
Mas ela não estava surpresa... Eu não aguentava mais.
E Marissa sabia disso.
-Megan... -Disse assustada-
-Desculpa Marissa... Mas isso... -Eu comecei a chorar- Porque eu não estou morta?
-Não diga isso...
-Marissa, consolos não adiantam mais pra mim! -Pausei- Nem a minha própria família me ama! Eles devem estar até mesmo festejando por eu estar sumida! Se é que eles notaram que eu não fui pra casa!
-Marissa me abraçou- Megan... Você não tem culpa... Os seus pais que não souberam dar valor a filha linda que eles tinham.
-Isso não é verdade...
-É sim!
Ela me soltou e secou minhas lágrimas.
-Termine de comer, pois nós precisamos trocar essa sua roupa, além de tomar um banho.
-Como? -Disse incrédula-
-Michael deixou você se limpar e se trocar... E, é claro, sair a hora que quiser do quartinho.
-Isso é sério?
-Seríssimo!
Confesso que a atitude dele me surpreendeu.
Terminei de comer e Marissa pegou o prato e o copo.
Ela abriu a porta, e eu fui atrás. Nós descemos as escadas, e passamos por uma sala, onde ao lado se encontrava uma cozinha.
Lá, tinham uns 3 fantasmas limpando, enquanto outros 2 cozinhavam. Pude ver Freddie, que me olhou assustado, enquanto os outros fantasmas faziam o mesmo.
Marissa deixou a louça com Freddie e me guiou para um quarto, de onde pegou roupas limpas -Inclusive peças íntimas- , que por incrível que pareça, pareciam dar em mim.
-Essa roupa era da ex do Michael... Espero que não se importe em usá-la.
Assenti com a cabeça e nós subimos para o quarto do vampiro.
Ela me apontou para onde ficava o banheiro, e me deu uma toalha.
-Pode ir lá. Irei te esperar aqui fora.
-Está bem.
O banheiro era bem arrumado e médio. Eu fechei a porta, e me despi. Assim que entrei no chuveiro, minhas costas queimaram, e acabou escapando um gemido baixo de dor.
Finalizei meu BOM banho, e vesti a roupa que Marissa havia pego.
Não era bem meu estilo, porém era bem confortável. Uma bermuda jeans meio clara -Mais ou menos no meio da coxa- , com uma blusa branca com listras pretas de tecido molinho e uma sapatilha simples preta. Penteei meu cabelo com um pente que Marissa havia colocado numa bolsinha com shampoo e condicionador, e guardei no lugar.
Eu me olhei no espelho.
Por mais que meu rosto estivesse com olheiras, e que eu estivesse com hematomas, aquele banho havia me animado.
Eu abri a porta e Marissa olhou pra mim.
-Coube direitinho em você...
-É. -Sorri-
-Pelo visto isso te animou... Está até sorrindo!
-Pois é.
Ela pegou minhas coisas e nos descemos.
Nós acabamos dando de cara com o vampiro, assim que a escada terminou.
Meu sorriso se desfez.
CAPÍTULO 18 - UMA PROVA DE AMOR
Michael P.O.V’s
Existem tantas almas morando nesta casa, e justo uma, logo aquela, vem dar de cara comigo pelas escadarias.
Sim, a Megan.
Ela e Marissa pararam assim que me viram.
Eu a olhei atenciosamente.
Seu cabelo preto liso estava molhado e repartido ao meio. Notei que a roupa que usava era de minha ex namorada, Louise.
Para quebrar alguns segundos de gelo, eu me posicionei a falar.
-A roupa coube perfeitamente.
-É... -Ela respondeu, seca-
-Marissa por que não a leva na biblioteca? -Sugeri, olhando para Marissa, que entendeu o recado-
-Irei levá-la.
Dei uma última olhada em Megan e comecei a subir as escadas.
Entrei em meu quarto, fechando a porta.
O ar adentrado pelo meu nariz, estava impregnado com o cheiro mortal de Megan.
Já no banheiro, me despi e tomei um banho, vestindo a roupa que estava antes.
Desci novamente e encontrei Megan sentada ao piano conversando com Marissa.
Durante aquela tarde, eu fingia ler, enquanto prestava atenção na conversa. Descobri coisas que nunca imaginaria de Megan... Sua família, carreira, e principalmente, a verdadeira Megan.
Por fora ela se demonstra alguém forte, reservada. Mas na verdade, ela só utiliza isto para esconder a si mesma.
Ela pode ser sensível e amável... E pode ser ignorante e escrota.
3 semanas depois
Megan P.O.V’s
Um mês para ser exata, se passaram.
Michael tem se mostrado uma pessoa, vamos dizer que, normal. Ele procura conversar comigo, e é claro, se abre muito também.
Não dou muita confiança, por causa do medo que ainda tenho, mas o trato bem agora.
Nós não somos amigos... Apenas estamos próximos. Na verdade, ele que está próximo.
Michael faz de tudo pra tentar amizade, mas eu não aceito isso.
Ele dá um passo pra frente, e eu, estou sempre recuando. Ainda mais depois que eu descobri o.... amar.
Sim, sem dúvidas, eu o amo.
E o pior, ele deixou claro a 2 semanas que sente o mesmo. Eu, é claro, fiquei tão assustada que desde alguns dias, eu estou o ignorando. Ele não questiona, e nem nada.
Eu estava na biblioteca, lendo um livro bem interessante, o qual não havia enxergado o nome na frente, por conta de ele ser bem velho.
A porta abriu-se e passos largos ecoavam.
Era ele.
Eu rapidamente fechei o livro, e guardei no lugar, levantando-me.
-Não precisa sair, eu só vim pegar um livro.
Eu fui até a porta, quando senti ele pegar em meu braço e me virar, de modo a encará-lo.
-Porque está me ignorando?
-Eu não estou te ignorando.
-Ah não?! Então porque sai toda vez que eu entro em algum lugar e você se encontra nele?
-Eu já estava de saída!
-Você sempre está de saída então. -Eu bufei- Megan se isso for por causa do que eu te disse, eu...
-Não! -Eu virei meu rosto-
Michael segurou em meu queixo e me fez o olhar fixamente.
-Megan... Porque você está fazendo isso? -Ele deu uma pausa- Seja sincera...
Simplesmente não sei oque deu em mim... Michael tinha o dom de fazer com que as pessoas dissessem tudo com apenas um pedido.
-Eu... Não quero fortalecer os sentimentos.
-Os meus sentimentos? Megan, não é preciso que você deixe de falar comigo para não nutrir meu amor.
-Não...
-Não oque?
-Não são os seus sentimentos...
-Como?
-Eu deixei de falar com você porque eu não queria amar você! PRONTO!
-Isso é verdade?
-Acha que eu estou zuando com a sua cara?
-Na maioria das vezes você faz isso...
-Mas agora não estou brincando, tá legal?!
-Que bom. Porque se eu fizer isso você não vai se incomodar...
Michael atacou minha boca imediatamente. Ele me imprensou na parede enquanto me beijava de uma forma inexplicável. Uma de suas mãos percorriam por todo meu corpo, apertando cada parte dele, enquanto a outra se mantinha em minha nuca, acariciando-me.
Michael passou a mão por minha intimidade e eu deixei escapar um gemido.
Velozmente, ele trancou a porta e voltou a me beijar.
Quando dei por minha conta, estávamos nus no meio da biblioteca.
Onde permanecemos durante um tempo, até nos vestir.
Naquela noite, eu dormi no quarto de Michael... Mas é claro que, antes disso, rolou muita coisa.
CAPÍTULO 19 - O FINAL DE TODA A HISTÓRIA
Michael P.O.V’s
Tudo estava... Perfeito.
Megan e eu finalmente assumimos tudo e agora está tudo resolvido.
Estávamos na sala. Eu estava com Megan deitada em minhas pernas, e acariciava seus cabelos.
Um estrondo se fez.
Megan e eu levantamos assustados. Ela rapidamente paralisou e eu vi 3 pessoas.
-Pai? Mãe? -Ela disse, sem tirar a expressão-
-Minha filha! -Disse a mulher, que puxou Megan para um abraço-
Um cara, que aparentava ser pai de Megan sacou uma arma em minha direção.
-Pai! Oque é isso? -Ela tentou se soltar da mãe, que a segurou-
-Esse homem te aprisionou aqui! Ele vai ter oque merece!
-Não! Ele que me ajudou, ao contrário de vocês, que nem como pais serviram!
-Não diga isso! -O pai disse-
-Digo sim, pois você não manda mais em mim!
-Cale a sua boca! -Ele disse e pressionou um pouco o gatilho-
-Não!
Ela se soltou e correu até a mim.
-Pra matar ele, terão que me matar!
-Pare com isso, Megan! -A mãe disse- Venha pra cá!
-Vocês não podem o matar!
-E porque não? -O pai disse-
-Porque eu o amo!
A mãe de Megan se aproximou.
Então direcionou um tapa fortíssimo em seu rosto.
-Ingrata!
A mãe e o pai saíram da cripta.
Um menino parou na frente de Megan e disse:
-Pelo menos você está feliz agora. Te desejo tudo de bom maninha. Mesmo que você não goste de mim.
O menino seguiu os pais e a porta se fechou.
Megan ficou parada e olhou pra mim.
-Você não devia ter feito isso!
-Michael, eu não quero voltar!
-Mas eles são sua família... Lá você pode ter melhores condições.
-Dane-se! É tudo bem material!
-Mas é importante pra você! Você não pode viver nas mesmas condições que eu!
-E isso importa? Importa tanto quanto nosso amor?
-Não!
-Então...
-Megan...
-Michael...
Eu a olhei no fundo dos olhos.
Megan não estava mentindo.
Eu a puxei e a beijei intensamente.
-Eu lhe amo Megan... Nunca duvide. Ninguém no mundo ama mais alguém quanto eu amo você.
Lhe beijei novamente e a levei pro quarto.
Pela primeira vez nós fizemos amor... -Já que das outras vezes nós havíamos fodido-
Epílogo
Dois anos se passaram. Michael e Megan haviam saído da cidade. Eles se mudaram para Londres, aonde viviam muito bem.
Michael transformara ela em vampira.
Os fantasmas, ficaram por lá... Mas Marissa sempre que pode envia cartas contado sobre tudo.
Os dois, acabaram se casando e fizeram faculdade. Michael Jackson se tornou um dos melhores Legistas da Inglaterra e Megan decidiu dedicar a vida em uma escola de música, onde ensina a pessoas com deficiência.
Luke e a irmã terminaram por manter contato. Os dois se falam quase todos os dias, e pelo oque parece Luke saiu de casa e foi a uma aventura com sua namorada, Karen.
Enfim... Todos agora estão se dando bem... E o impossível se tornou parte do cotidiano deles.
Megan e Michael terminam esta história deixando-a marcada na memória, mas finalizada nas escrituras daquele papel, que hoje se guarda num porão, e que talvez será lido e por outra geração.
FIM.
“De três coisas eu estava convicta. Primeira: Michael era um vampiro. Segunda: Eu não sabia o quanto dele queria parte do meu sangue. E terceira: Eu estava perdidamente apaixonada por ele.”


Eita ja gostei da sinopse #Ansiosa ❤
ResponderExcluirUal encantada com essa fanfic.
ResponderExcluirContinua :)
AAAAameeeeeeeei posta maisss
ResponderExcluirVelho .. continua .. ja gostei .. descobri o blog por a caso e ja me encantei com a historia .. ganharam uma leitora :')
ResponderExcluirContinua gente essa vai lacrar!
ResponderExcluirAinda bem q estão gostando :)
ResponderExcluirSarah Dantas aqui <3
Preciso conversa com vc urgente me add no face pf me chamo Samara barbone pffff e urgente para mim
Excluir~sccrrr~ posta mais senhor
ResponderExcluirContinua *-*
ResponderExcluirContinuaaa *0*
ResponderExcluirContinuaaaaa please
ResponderExcluirContinuaaa <3
ResponderExcluircontinuuuuaaaaaaaaa
ResponderExcluircontinuuuuaaaaaa
ResponderExcluirEssa fic ta meia parada,venho todo dia vê se tem capitulo novo e nn tem.Poxa
ResponderExcluirGente quero pedir desculpas a vocês por esperarem a fanfic. Mas vou explicar o porque de eu demorar a postar.
ResponderExcluirÉ q minha mãe não tem wifi em casa -ela não tem tempo pra essas coisas, ela fica o dia todo trabalhando-, ai só tem um pc, que eu só mexo as vezes, porque eu ajudo minha mãe na clinica. E tipo, eu posto quando eu fico na minha bisa avó -Porque eu moro com ela-. E por causa de uns problemas sérios que eu tive, minha mãe me busca quase todos os dias. Além disso, eu também tenho a escola, o curso e a minha aula de canto.
Meu tempo é curto, mas eu quero que vocês saibam que vou tentar arranjar um jeito pra postar, ok?
Me perdoem :/
Leitora nova o/
ResponderExcluirNossa amei muito essa fic e Sarah espero que vc consiga,bjs *-*
continua!! eu to amando essa fic...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirContinua !! Está perfeita !!
ResponderExcluirContinua
ResponderExcluirContinua continua pelo amor de deus !
ResponderExcluircontinuuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluircontinuuuuuuuuuuuuaaaa
ResponderExcluirContinua ... Estou amando!! E agora Michael ??
ResponderExcluirContinuaaa *-*
ResponderExcluirContinuaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluircontinuuuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirContinuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa........estou aqui esperando tres fics e essa é a minha preferidaaaaaa!!!!!!'
ResponderExcluirContinua *-*
ResponderExcluirTo louca cara continua logo
ResponderExcluirContinua por favor !!! Não demore está fics é umas das que eu mais amor !!!
ResponderExcluircontinuuuaaaaaaa
ResponderExcluirGente me desculpem por não mandar os capítulos ontem e hoje... Eu estava no hospital com virose, intoxicação alimentar e urticária. Mas logo o capítulo 12 irá vir.
ResponderExcluirContinuuuaa
ResponderExcluirContinua *-*
ResponderExcluircontinuuuaaaaaa
ResponderExcluirAndaaaaaa flooor_postaaaa tou 5 dias esperando VC postaaaaa..,,,posta vaiiii pfv !!
ResponderExcluirContinua pelo amor de deus !!
ResponderExcluirSe vc pensar bem..os pais da Megan nem ligam pra ela, nem mandaram uma busca! Mas continua a fanfic ta muitooo boa !
ResponderExcluircontinua ta mt legal to amando
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirContinua ou eu vou me reemcarna em Michael vampiro e lhe bater até VC ficar roxa !!! Isso é maldade viu fazer isso comigo rsrs continua flor estou amando !!
ResponderExcluirRsrsrs aceito em estilo 50 tons de cinza Lorena :3
ResponderExcluirconnntttttttiiiiiiiiiinnnnnnnuuuuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirameeeeeeeeiiiiiiiiiiii finalmente eles se beijaram que lindooo ccccccccccccccooonnnnnnnnttttttttttttttttttiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinnnnnnnnnnnnnnnuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirMeu deus pra da uns pega , não precisa das uns tapas não Michael rsrs..... Megan sofre meu deus continua continua
ResponderExcluirtadinha da Megan... Ainda bem q Michael esta mudando
ResponderExcluirContinua to adorando
Continuuaa...!!!
ResponderExcluirContiinuuaaa!!!!
ResponderExcluirNao vai continuar ????
ResponderExcluirQue tanta demora
ResponderExcluirMals gnt... Estava sem o pc.Vou mandar cap hj.
ResponderExcluirTá Megan se VC não quer o vampiro , manda ele pra cá *...* pq eu faço aproveito dele !! Eu sei que ele errou , mas dá uma chance pra ele !! Seja feliz com ele menina !! Continuaaaa
ResponderExcluirContiinuuaaa!!!!
ResponderExcluircccccccccccccccccoooooooooooooonnnnnnnnnnnntttttttttttiiiiiiiiiiiiinnnnnnnnnnuuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluircontiiinnnuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirContinua
ResponderExcluirContinua, ainda bem que Michael tá aparecendo que tá mudando! :D
ResponderExcluirOhh mo deuso do céuuu...continuua!!
ResponderExcluirContinuaaaaaa
ResponderExcluirEstou esperando Já dois meses e nada! Continua poxa!
ResponderExcluirNão aguento mais esperaaaaaaaaaaaaaaarrrrr!!!!!!! Continua!
ResponderExcluirNao desisti naoooo poxa. Continuaaaa.
ResponderExcluirCheguei pra acompanhar!! Mais pelo visto faz tempo q não posta! Termia a história...ta tão linda❤
ResponderExcluirMelhor fic
ResponderExcluirAmeiiiiiiiiiiii!!!!!
ResponderExcluirCara,sério!Ontem foi a primeira vez k me deparei com essa fic!Guardei ela no meu facebook e hoje comecei a lê-la às 7 da manhã,me viciei!Foram 5h lendo essa fic e eu amei!Adorei!Parabéns a autora! ;-)
ResponderExcluirPerfeita...... Ameiiii
ResponderExcluir❤❤❤😍😍😍😍😍😍😘😘😘😘😘
Amei a fanfic,perfeita...teve vezes que fiquei com vontade de chorar de emoção,sem exagero,sério mesmo...amei,parabéns ><
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